Sérgio Guerra critica governo e ministro Eduardo Campos



O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) disse, em discurso nesta quinta-feira (2) que as relações do Executivo com o Congresso nunca foram tão desestruturadas e tão inconsistentes como agora, no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

O parlamentar ressaltou que o seu partido já informou ao líder do governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PTB-RN), que se compromete a honrar compromissos sem nenhuma exigência de aprovação de emendas parlamentares ao Orçamento. Segundo o senador, o compromisso de seu partido é com a aprovação de projetos prioritários para o desenvolvimento nacional, sem a preocupação de contrapartidas orçamentárias.

- O nosso líder na Câmara, deputado Alberto Goldman, disse muito bem, que no quadro atual talvez fosse melhor não haver emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União - disse.

Sérgio Guerra acrescentou que o PSDB e o PFL querem regras transparentes para a liberação de emendas parlamentares, e mais: querem regras mais claras para a votação e aprovação do Orçamento, "uma lei complexa, que precisa ser examinada em seus mínimos detalhes, e não de uma votação às pressas", disse.

O senador criticou também o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, seu conterrâneo de Pernambuco que, segundo ele, não está cuidando das tarefas específicas e complexas de sua pasta, mas fazendo política partidária e eleitoral menor, de varejo. E disse que Campos esteve em Pernambuco em várias cidades do interior para inaugurar abatedouros públicos, reuniu prefeitos, e atacou o governador Jarbas Vasconcellos. Segundo o senador, ele estava ali como um ministro do governo, e não poderia atacar o governador.

Sérgio indagou ainda "por que o PMDB de Pernambuco é conservador e o PMDB nacional, com quem o governo tem interesse em aliança, não é".



02/12/2004

Agência Senado


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