Sérgio Guerra diz que decisões do STF precisam gerar conseqüências políticas
As decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar a abertura de processos contra os chamados "mensaleiros", por corrupção ativa e passiva, peculato e formação de quadrilha, precisam gerar conseqüências políticas, sob pena de estimular a permissividade e ampliar a corrupção. A afirmação foi feito nesta terça-feira (28) pelo senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) ao avaliar o momento vivido pela democracia brasileira.
- Quem quiser ficar rico, que vá fazer outra coisa. Quem quiser ser político, deve honrar o voto - afirmou.
O senador apontou a impunidade e uma passividade que arquivou a capacidade de indignação da sociedade como sendo os principais alimentadores do sistema montado pelo ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, e a cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) para desviar recursos públicos e financiar campanhas eleitorais próprias e de partidos aliados. Esses também seriam os motivos, alertou Guerra, do desgaste das instituições e pela democracia estar combalida.
Sérgio Guerra disse que é preciso se apropriar do chamamento que o STF fez à classe política para que uma nova base seja criada para construir o Brasil. Ele ressaltou que o Senado tem sido permissivo e que é preciso tomar providências.
- Por que não fazer uma reforma política imediatamente? - indagou.
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse, em aparte, que o Brasil respira aliviado com a ação decisiva e séria do STF. Ele lembrou que foi uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) que descobriu e abriu ao país o que está sendo investigado pela Justiça.
O senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) disse que o STF está dando uma demonstração de que a democracia está em pleno funcionamento. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que o mesmo sistema utilizado pela quadrilha montada por José Dirceu continua operando, com a troca de partidos, nomeação de cargos e liberação de emendas pelo governo Lula.28/08/2007
Agência Senado
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