Serviço de Atendimento Móvel de Urgência será lançado nesta segunda-feira, anuncia Tião Viana



Com investimento de R$ 300 milhões até o final do ano, o governo avançará no atendimento pré-hospitalar de urgência, contribuindo para reduzir o número de óbitos no país, o tempo de internação nos hospitais e as seqüelas que ocorrem com a falta de um socorro precoce. Ao ressaltar a importância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que beneficiará 118,7 milhões de brasileiros em 1.700 municípios, o senador Tião Viana (PT-AC) anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançará o programa nesta segunda-feira (26).

Segundo o senador, o presidente e o ministro da Saúde, Humberto Costa, mostrarão em São Bernardo do Campo (SP), na sede da montadora, as primeiras ambulâncias das 1.480 que estão sendo adquiridas pelo governo para o Samu, que atende às urgências de natureza traumática, clínica pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e psiquiátrica. Atualmente, o programa atende quase 20 milhões de pessoas, mas a meta, continuou Tião Viana, é alcançar 63 milhões de brasileiros até junho. Para tanto, cerca de R$ 180 milhões por ano serão aplicados para custear o programa.

Esses recursos irão garantir, conforme o senador, a implantação de 152 Centrais de Regulação Médica de Urgência e a criação de 27 Núcleos de Educação de Urgência destinados à capacitação profissional.

- A previsão é gerar 26 mil postos de trabalho diretos e indiretos - afirmou, citando alguns números de empregos diretos, como 4.850 médicos, 2.550 enfermeiros, 5.900 auxiliares de enfermagem e 7.400 motoristas. Ele explicou que bastará telefonar para o número 192 para acionar as Centrais de Regulação, que funcionarão 24 horas, sempre com a presença de um médico para avaliar as necessidades de cada pedido.

Tião Viana lembrou que já existem 16 Samus, dos quais 11 já foram integrados ao Samu nacional e estão recebendo recursos federais. Ele citou cada uma das localidades: São Paulo e Campinas (SP), Recife (PE), Aracaju (SE), Belo Horizonte e Betim (MG), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Vitória da Conquista (BA), Natal (RN), e agora Belém (PA).

O senador mencionou os que ainda financiam o seu serviço próprio: os municípios paulistas de Piracicaba, Araras e Ribeirão Preto e da região do Vale do Ribeira, além de Maceió (AL). Mas, segundo Tião Viana, eles serão beneficiados num primeiro momento com recursos de custeio e, posteriormente, com verbas de investimento para permitir sua adequação às normas de qualificação estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

Para completar, o parlamentar leu nota do presidente da Interamerican Heart Foundation e diretor do laboratório de treinamento, simulação e pesquisa em emergências cardiovasculares do Instituto do Coração (Incor), Sérgio Timerman, sobre a importância do Samu. Conforme Timerman, a síndrome coronariana aguda (SCA) é a causa de maior incidência nos 500 mil óbitos anuais no país, dos quais 350 mil acontecem antes que o paciente chegue a um pronto-socorro ou seja atendido por um sistema de emergência.

- No Brasil, a SCA é responsável por 20,5% das internações e 36,6% dos gastos com a saúde - relatou Tião Viana, lembrando seu projeto sobre o uso de desfibriladores, que está pronto para ser votado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) .



23/04/2004

Agência Senado


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