Serviço Florestal inicia fomento a atividades sustentáveis
O Cerrado, segundo maior bioma do País e savana com uma das maiores biodiversidades do mundo, terá a partir deste ano ações de fomento a atividades sustentáveis promovidas pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
A primeira delas será apoio a cinco empreendimentos comunitários em Goiás e Minas Gerais que realizam o extrativismo de pequi, buriti, mangaba, baru e outros produtos regionais. Para marcar o início desse apoio, o SFB assinou nesta terça-feira (21), o contrato com uma instituição especializada para a prestação de assistência técnica.
A ação beneficiará mais de 500 pequenos produtores de Arinos (MG), Chapada Gaúcha (MG), Januária (MG) e Mambaí (GO) selecionados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF/SFB). Um diagnóstico participativo e um plano de ação conjunta vão orientar a realização de assessorias e capacitações para a gestão de empreendimentos, produção e a comercialização aos grupos.
Ligados a associações e cooperativas, os beneficiários receberão orientação para o manejo ou beneficiamento dos produtos não madeireiros, facilitação de processos e negociações, acompanhamento das ações implementadas pelos comunitários, assessoria jurídica e contábil ou apoio direto à elaboração de projetos para acesso a crédito ou a mercados, de acordo com o definido no plano de ação conjunta.
Segundo o diretor-geral do SFB, Antônio Carlos Hummel, o uso econômico das florestas do Cerrado, feito pelo manejo florestal de produtos não madeireiros, que conserva a vegetação, é uma forma de dar valor às florestas do bioma. “Uma floresta que traz valor é mantida em pé, e não descartada”, afirma.
Estratégia para o Cerrado
Outra atividade que SFB iniciará é o diagnóstico do manejo comunitário no Cerrado, que tem cobertura florestal estimada em 57 milhões de hectares e grande potencial para uso sustentável de seus recursos florestais não madeireiros.
O estudo será feito por uma instituição especializada, por meio de um contrato também assinado nesta terça-feira. Serão levantadas uma série de informações, entre elas, a perda de cobertura florestal nos últimos 30 anos, o perfil do pequeno produtor do Cerrado e a produção não madeireira em nove unidades da federação situadas nesse bioma.
Também serão identificados os polos produtivos, assim como o volume e valor da produção não madeireira por produto. Essa etapa abrangerá a identificação da categoria fundiária das áreas de coleta dos produtos (assentamentos, por exemplo), dos principais destinos da produção não madeireira e dos fatores limitantes da produção.
O levantamento envolverá ainda a análise das políticas públicas sobre a produção não madeireira no bioma nos últimos 10 anos e a elaboração de cenários de fomento de cadeias produtivas promissoras para os próximos cinco anos. Os resultados serão debatidos em uma oficina com representantes de estados avaliados, instituições da sociedade civil e de governo.
As atividades vão embasar a elaboração da estratégia de atuação do SFB no Cerrado, inclusive por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF/SFB), que atua por meio de chamadas públicas de projetos.
Fonte:
Serviço Florestal Brasileiro
21/01/2014 14:21
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