Serviço telefônico sobre drogas atende 26,4 mil pessoas em seis meses
O VivaVoz 132 faz parte do programa Crack, é possível vencer desde o começo do ano
No primeiro semestre deste ano, 26,4 mil pessoas foram atendidas pelo serviço VivaVoz 132, que oferece atendimento gratuito de orientação e informações sobre os riscos do uso de drogas e seus efeitos no organismo, além de auxiliar na busca por locais de tratamento. Desde janeiro deste ano, o serviço VivaVoz 132 faz parte do programa Crack, é possível vencer, iniciativa do governo federal para enfrentar o crack e outras drogas.
Desde o início do ano, o atendimento pelo Vivavoz funciona em período integral, todos os dias da semana. Antes, funcionava de segunda à sexta-feira. Com a mudança, houve aumento de 85% no número de pessoas atendidas. No mesmo período do ano passado, foram atendidas pouco mais de 15 mil pessoas.
A transformação do VivaVoz em telefone de três dígitos também contribuiu para o aumento do número de ligações, avalia a titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Paulina Duarte. “Facilitou a memorização do número e o acesso da população”, afirma a secretária.
Perfil do atendimento
A maioria das pessoas atendidas pelo serviço neste primeiro semestre de 2012 é de homens com mais de 35 anos, com ensino fundamental incompleto, solteiros e com renda de até cinco salários mínimos.
Na maior parte das situações, os próprios usuários de drogas (49%) ou familiares (23%) fazem a ligação em busca de informações (42%) ou para solicitar material informativo (12%), além de questionar sobre locais de atendimento (11%). Do total de atendimentos prestados, 9.586 pessoas (36%) não tinham buscado nenhum tipo de ajuda ou esclarecimento sobre drogas antes de entrar em contato com o Vivavoz.
“As pessoas ainda ficam inibidas em falar sobre drogas e, ainda mais, em revelar que têm problemas com essas substâncias ou que algum familiar tem”, avalia Paulina Duarte. “Como o VivaVoz é um serviço que garante o sigilo das informações e a pessoa não precisa se identificar ao ligar, o número de chamadas tende a crescer. Vemos este crescimento como positivo porque significa que as pessoas estão buscando orientação e auxílio”, afirma a secretária.
Entre as pessoas que procuraram o Vivavoz e identificaram o local de origem (18.179), a maioria é do estado de São Paulo (2.938), seguido pelo Rio de Janeiro (1.994), Rio Grande do Sul (1.899), Minas Gerais (1.779) e Bahia (1.428).
O serviço Vivavoz foi inaugurado dia 21 de junho de 2005 pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) , em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
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Fonte:
14/09/2012 19:10
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