Serys diz que parlamentares petistas que votaram contra o mínimo não serão expulsos do partido



A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) disse na manhã desta terça-feira (29) que não haverá expulsão nem afastamento dos 12 parlamentares que votaram contra o salário mínimo de R$ 260 propostos pelo Executivo. De acordo com a decisão da Executiva do PT, Serys, Paulo Paim (PT-RS), Flávio Arns (PT-PR) e nove deputados do PT que votaram contra a proposta não poderão ser indicados para funções de representação da bancada e do partido, mas serão mantidos na agremiação.

A senadora disse que não recebeu ainda um comunicado oficial sobre a decisão do partido e que haverá uma discussão para -entendimento e repactuação- das relações dos parlamentares que votaram contra a proposta do governo para o mínimo.

- Eu não cometi nenhum crime e não traí nenhum princípio do meu partido - afirmou Serys.

Segundo a parlamentar mato-grossense, como ainda não há uma decisão oficial, os parlamentares permanecerão como representantes nas comissões técnicas da Câmara e do Senado. Serys disse que aceitará as decisões da instância partidária, mas não uma retaliação.

Para a líder do governo no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), a punição dos petistas não representa uma crise no partido. Segundo ela, a punição foi -relativamente branda- e o mais difícil será normalizar as relações dentro da bancada. Ela ressaltou a necessidade de se trabalhar para acabar com o -clima difícil- em que se encontram os parlamentares petistas. Para provar esse esforço, Ideli destacou a presença de Serys, Paim e Flávio Arns na reunião do bloco governista com o ministro do Planejamento, Guido Mantega, para discutirem o projeto de Parceria Público-Privada (PPP).



29/06/2004

Agência Senado


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