Serys relata participação em conferência internacional sobre mudanças climáticas




A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) relatou nesta quinta-feira (10) sua participação como representante do Senado Federal na Conferência sobre Mudanças Climáticas, promovida pela organização Globe International na cidade chinesa de Tianjin, de 3 a 9 de novembro. Serys é a coordenadora no Brasil da entidade composta por legisladores dos países-membros do G8+5.

Anualmente, a entidade se reúne para tratar de projetos que possam ser desenvolvidos nos países-membros relacionados ao meio-ambiente e às mudanças climáticas. Serys explicou que, na reunião da semana passada, enfatizou que o Brasil não tem poupado esforços para mitigar os efeitos das mudanças no clima, mas que também é preciso fazer mais.

- Registrei que nos últimos 10 meses o Congresso brasileiro aprovou duas legislações básicas: a Política Nacional de Mudança do Clima e a Política Nacional de Resíduos. Apesar de que esta última tenha sido aprovada após 20 anos de discussões no parlamento, tivemos sim a iniciativa que muitos países desenvolvidos não se deram o trabalho de ter até hoje - afirmou.

Serys disse que também informou sobre a reformulação do Código Florestal, que disciplina as áreas de proteção permanente e as áreas de reserva legal em propriedades rurais, de acordo com as características específicas de cada região do país. Ela acrescentou que, no âmbito do G8+5, foi completada uma pesquisa que pontuou 154 leis ambientais em 16 países, embora não se saiba ao certo quantas delas são voltadas às mudanças climáticas e suas consequências.

- No ano passado, após a Conferência do Clima em Copenhague (COP 15), o Brasil se comprometeu, voluntariamente, a reduzir entre 36% e 39%, até 2020, as emissões de gases do efeito estufa. Desde que o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia foi instituído em 2003, nosso país evitou a emissão de 2,9 bilhões de toneladas de dióxido de carbono - observou.

O senador Edison Lobão (PMDB-MA) disse, em aparte, que quando chegou em Brasília, em 1962, os invernos eram muito frios, mas hoje não são mais. Para ele, a mudança se deve ao aquecimento global. Ele assinalou que, apesar de o Brasil possuir a matriz energética mais limpa e renovável do mundo, é preciso ter cuidado com a "obstinação obsessiva de alguns ambientalistas", que mesmo com boa-fé acabam causando danos ao meio ambiente quando obrigam o Ministério das Minas e Energia a instalar termoelétricas quando as hidrelétricas é que são a solução.



11/11/2010

Agência Senado


Artigos Relacionados


Serys elogia participação da ministra Marina Silva em fórum internacional sobre mudanças climáticas

Marina Silva fala sobre mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável em conferência de Direito Internacional

PALMEIRA RELATA PARTICIPAÇÃO EM CONFERÊNCIA INTERNACIONAL

Senadores debaterão conferência sobre mudanças climáticas

Serys comenta reunião de parlamentares sobre mudanças climáticas

Conferência sobre mudanças climáticas tem resultado positivo, avalia presidenta