Sessão plenária é suspensa em homenagem a Niemeyer



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Por volta das 15h15, a sessão plenária do Senado desta quinta-feira (6) foi suspensa a pedido do presidente da Casa, José Sarney, para que os senadores possam prestar suas homenagens ao arquiteto Oscar Niemeyer, cujo corpo será velado durante toda a tarde no Palácio do Planalto.

O requerimento de voto de condolências e pesar e o levantamento da sessão plenária e foi subscrito por vários senadores. Em discurso, todos ressaltaram a obra e a genialidade do artista, mas o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que a maior homenagem a ser prestada pelos senadores é a continuidade dos trabalhos na Casa, e não sua suspensão, apesar de a possibilidade estar prevista no Regimento Interno.

Fizeram pronunciamentos os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Eduardo Suplicy (PT-SP), Pedro Simon (PMDB-RS), Paulo Paim (PT-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF).

O corpo de Niemeyer chegou  no Palácio do Planalto por volta das 16h15. Coberto com a bandeira do Brasil, foi recebido pela presidente da República, Dilma Rousseff, e pela viúva de Niemeyer, Vera Lúcia Cabrera. Também estavam no local o presidente do Senado, José Sarney; o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia;  o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa; e senadores como Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Cristovam Buarque (PDT-DF).

Niemeyer recebeu uma salva de palmas na estrada do Salão Nobre. Ele será velado até as 20h desta quinta-feira (6) em Brasília. Depois o corpo voltará ao Rio de Janeiro, onde será sepultado nesta sexta-feira (7).

O salão do palácio onde está sendo realizado o velório foi aberto a autoridades e, depois de uma hora, será aberto ao público. Encontram-se no local integrantes dos três poderes da República, como senadores e deputados, ministros do Supremo e de Estado, além de governadores.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, destacou o gosto dos brasileiros pela obra de Niemeyer.

- Dificilmente teremos uma pessoa de unanimidade tão absoluta como ele – afirmou pouco antes da chegada do corpo.

Já o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, fez um elogio à personalidade do arquiteto:

- Nunca abandonou suas crenças e princípios e ajudou a revolucionar a arquitetura no Brasil. Pena que não criou um estádio – lamentou.

Não está prevista cerimônia religiosa durante o velório.

A meio mastro

De sua residência, o presidente do Senado, José Sarney, determinou, pela manhã que as bandeiras do Brasil e do Mercosul fossem hasteadas a meio mastro, em sinal de luto pela morte do arquiteto Oscar Niemeyer.

Sarney também vai propor aos senadores o cancelamento da sessão plenária, homenagem prevista no Regimento Interno em caso de falecimento de senador, mas que será adotada em caráter excepcional.

Também nesta quinta, a presidente Dilma Rousseff deverá anunciar um tempo determinado de luto oficial do país pela morte do arquiteto, devendo o Legislativo seguir o mesmo período para expressar seu sentimento de pesar.

Desde ontem à noite, os senadores manifestam sua consternação pela morte daquele que, na visão de José Sarney, “foi o maior artista brasileiro, personagem extraordinário, pessoa humana excepcional, com uma obra que se afirmou na beleza, na busca constante do que ele chamava de invenção”.



06/12/2012

Agência Senado


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