Sibá explica motivos da renúncia à presidência do Conselho de Ética



O senador Sibá Machado (PT-AC) apontou a "falta de compartilhamento" da responsabilidade pela tomada de decisões importantes, como a escolha do relator do processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como uma das razões que o levaram a renunciar à presidência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

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- Entendo eu que não é esse o caráter dos colegiados do Parlamento. Há, em todos eles, uma responsabilidade comum e compartilhada entre os membros - disse.

Siba apresentou seus motivos para protocolar pedido de renúncia à presidência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, na noite de terça-feira (26), em discurso no Plenário nesta quarta-feira (27).

Sibá apontou também, entre suas razões para desistir da presidência do Conselho de Ética, a "incompreensão, por parte da oposição, da condução dos trabalhos". Além disso, ele considerou que o processo contra Renan foi "contaminado por interesses que extrapolaram o objeto da representação encaminhada pelo PSOL".

O senador ressaltou ainda o seu empenho na condução correta do processo a fim de que as decisões do conselho tivessem credibilidade. Ele mencionou, nesse sentido, o seu empenho para que os documentos apresentados por Renan fossem periciados por órgãos competentes e também a sua concordância com o aprofundamento das investigações, o que não teria sido possível até o momento devido a renúncia do relator.

Comentando o fato de não ter sido escolhido um relator da oposição, após a renúncia de Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e de Wellington Salgado (PMDB-MG), Sibá lembrou que o próprio Regimento Interno do Senado prevê que os relatores ad hoc devem ser do mesmo partido ou bloco do relator titular.

- A tradição nas comissões da Câmara e do Senado é que os substitutos, em regra, representam a posição do relator titular - justificou.



27/06/2007

Agência Senado


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