Simon diz que exposição sobre ditadura inspira a construção de um novo amanhã
Autor da iniciativa que levou o Senado a inaugurar, nesta quinta-feira (20), a exposição "Onde a esperança se refugiou", o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez um emocionado discurso na abertura do evento para pedir aos jovens que não esqueçam esse momento histórico e que, olhando o que aconteceu, construam um novo amanhã.
- Aqui, não estamos festejando nada. Estamos parando para relembrar o desvio que o Brasil teve em 21 anos, até a retomada da democracia - disse o senador, homenageando sobretudo os que nunca deixaram de lutar em favor da abertura democrática.
Afirmando que o Senado pagou um preço caro nesses 50 anos que se seguiram ao golpe, Simon fez uma alusão aos que, ainda hoje, defendem aquele regime, para pedir que a sociedade mantenha-se preparada, "com a mente fria", a fim de que nunca mais o país enfrente semelhante retrocesso.
Ele lembrou que, junto com outros senadores, está trazendo ao exame do Senado as reformas de base propostas por João Goulart. Trata-se de um conjunto de mudanças, de caráter nacionalista, que o então presidente pretendia implantar no Brasil e cujo anúncio serviu para acelerar o golpe militar de 1964.
No mesmo discurso, Simon lastimou "o penoso negócio" através do qual a Petrobras, com prejuízo superior a US$ 1 bilhão, comprou uma refinaria em Pasadena, no estado americano do Texas. Ele criticou a presidente Dilma Rousseff por ter sido a primeira a assinar o negócio quando comandava o conselho da estatal.
Compareceram à solenidade de inauguração da exposição, entre outros, os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Ana Amélia (PP-RS), Casildo Maldaner (PMDB-SC), Ruben Figueiró (PSDB-MS), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Aloysio Nunes (PSDB-SP); a deputada Luiza Erundina (PSB-SP); o presidente do Instituto João Goulart e filho do ex-presidente, João Vicente Goulart; Amariles Busch Tavares, diretora da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça; e o presidente do Movimento Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke.
20/03/2014
Agência Senado
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