Simon pede a estudantes que continuem a protestar contra a corrupção em Brasília



Os estudantes devem continuar saindo às ruas para protestar, de forma pacífica, contra a corrupção em Brasília. O pedido foi feito da tribuna nesta sexta-feira (11) pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS).

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Para ele, "a brutal" reação da Polícia Militar, que usou até a cavalaria para dissolver a manifestação dos estudantes na última quarta-feira (9) em frente ao Palácio do Buriti, não deve assustar os estudantes.

- Pelo contrário. A ação repressiva da Polícia Militar tem de tudo para servir de estímulo para que os jovens continuem saindo às ruas na luta contra a corrupção - resumiu o senador.

Pedro Simon estranhou a ausência nos protestos da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da militância da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O senador também pediu o afastamento do comandante da Polícia Militar do Distrito Federal em face da reação brutal dos policiais contra um movimento pacífico dos estudantes.

As manifestações foram em protesto contra o governador José Roberto Arruda, flagrado por câmeras recebendo maços de dinheiro. O governador também é acusado de comandar um esquema de corrupção - batizado de Mensalão do DEM - envolvendo deputados distritais, secretários, empresários e assessores.

No entender de Pedro Simon, Brasília é hoje "um exemplo dos mais emblemáticos da decepção da população com os rumos da política, com a certeza da impunidade". Para ele, os desvios de recursos em Brasília não é um fato isolado. E previu que atos semelhantes podem estar ocorrendo em outras administrações públicas, em todos os níveis.

Pedro Simon defendeu ainda a instalação de uma Assembléia Nacional Constituinte de caráter exclusivo, destinada a elaborar as reformas consideradas necessárias para o país, a começar pela política e tributária. Para ele, o atual Senado e a Câmara dos Deputados não têm condições de bancar as transformações exigidas pela sociedade.

Dando continuidade a uma série de pronunciamentos que vem fazendo com relação à impunidade e o aumento da corrupção no país, Pedro Simon defendeu a necessidade de o Congresso Nacional recuperar a importância das comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Mas alertou que isso somente ocorrerá "quando o próprio Parlamento resgatar a sua legitimidade".

Censura

Pedro Simon também qualificou de "triste" a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve a censura ao jornal "O Estado de S. Paulo", proibido de publicar informações da operação "Boi Barrica", deflagrada pela Polícia Federal, que envolve o nome do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney.

Da Redação / Agência Senado

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11/12/2009

Agência Senado


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