SIMON PEDE A FERNANDO HENRIQUE QUE CONCLUA REFORMAS SOCIAIS



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez apelo ao presidente Fernando Henrique Cardoso em Plenário, nesta quinta-feira (dia 16), para que dedique seus dois últimos anos de mandato à efetivação das reformas sociais, políticas e econômicas demandadas pelo país. "Se o presidente tiver espírito de estadista, vai aproveitar esse tempo para promover um amplo entendimento entre a situação, oposição e entidades da sociedade civil sobre as grandes questões nacionais, preparando, assim, o Brasil para o futuro", afirmou.

Para Simon, não basta Fernando Henrique empenhar seus esforços de final de mandato apenas para fazer seu sucessor. O senador disse estar preocupado com a saída do presidente do cargo, no sentido de que não ocorra de forma tranqüila, serena e com aplausos da nação. Na opinião de Simon, Fernando Henrique tem oportunidade de fazer agora o que teria relegado a segundo plano nos anos iniciais de seu governo: um trabalho patriótico e de grande repercussão política, sustentou.

Ao mesmo tempo em que indicou caminhos para o governo, Simon atribuiu à defesa da reeleição a perda da credibilidade alcançada no início de mandato de Fernando Henrique, em 1994. "Fernando Henrique gastou toda moeda de prestígio acumulada nessa tese", afirmou. Na contagem regressiva da eleição presidencial de 2002, o senador aconselhou o presidente a retomar, junto ao Congresso e à sociedade, a discussão de reformas importantes para o país, como a tributária, a política e a administrativa.

Na condição de ex-líder do governo Itamar Franco, o senador peemedebista também não se furtou a traçar um paralelo entre a gestão FHC e a de seu antecessor, Itamar Franco. No seu ponto de vista, a integração existente entre o Executivo e Legislativo foi fundamental para o sucesso das ações do governo Itamar, com destaque para o Plano Real e o controle da inflação. "Nunca houve um período de tanta paz social como aquela", declarou.

De acordo com Simon, Itamar Franco teve o mérito de recolocar o governo federal em posição de austeridade, após a avalanche de irregularidades descobertas no governo Collor. O senador creditou a Itamar o feito de ter sido único presidente brasileiro a conduzir um período de transição "eufórica" e ter sido sucedido por alguém de sua confiança, no caso o ex-ministro da Fazenda de seu governo, Fernando Henrique Cardoso.

16/11/2000

Agência Senado


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