Siqueira Campos critica socorro de R$ 12 bilhões a bancos públicos federais



O senador Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO), citando editorial do jornal Folha de S. Paulo , criticou nesta segunda-feira (dia 25), o programa do governo de reestruturação dos bancos públicos federais - bancos do Brasil, do Nordeste, da Amazônia e Caixa Econômica Federal - que vai custar R$ 12 bilhões. Segundo o parlamentar, esse montante, ao invés de socorrer os bancos, deveria ser investido na agricultura, na infra-estrutura e na recuperação das estradas, e trata-se de mais uma iniciativa governamental para cobrir "um rombo de partes de estruturas falidas que vêm consumir esses recursos".

- Sei que é importante sanear esses bancos, mas sinto e lamento que esse dinheiro não chegará lá na ponta, e vamos amargar mais um investimento de 12 bilhões de reais, enquanto o Brasil clama por uma oportunidade por se desenvolver - frisou o senador

Eduardo Siqueira Campos alertou ao governo que o PFL, embora permaneça na base governista até o final da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, quer discutir melhor o que vai ser feito pela equipe econômica até 2002, sobretudo a alocação de recursos como os destinados ao saneamento dos bancos federais.

- Vamos permanecer na base aliada, não vamos pular do barco, mas vamos cobrar, enquanto partido, as alternativas para o final do atual mandato presidencial e o projeto para o futuro presidente da República - acrescentou.

O parlamentar lembrou que há uma série de obras importantes para o desenvolvimento do país que dependem de recursos para serem acabadas, como a usina hidrelétrica de Pedra do Cavalo, na Bahia, a Ferrovia Norte-Sul, a Usina Nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, e a Usina Candiota-Jacuí, no Rio Grande do Sul.

- Vamos incomodar o governo, cobrando uma maior sensibilidade para com o grande e imenso potencial desse país - ressaltou.

25/06/2001

Agência Senado


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