Sistema de Proteção da Amazônia localiza pista de pouso clandestina
A Aeronáutica e o Exército bombardearam uma pista de pouso clandestina na fronteira entre Brasil e Colômbia. Localizada a partir de uma imagem de satélite do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), foi a segunda instalação identificada e destruída pela Operação Ágata, iniciada no início de agosto.
O aeródromo de 800 metros de comprimento, localizado a sete quilômetros da fronteira, não estava mais em uso, mas poderia ser recuperado. As ações da operação objetivam combater o tráfico de drogas, o contrabando e descaminho de armas e munições, a extração ilegal de minerais e madeiras, o tráfico de animais silvestres e biopirataria na fronteira com a Colômbia.
“Ainda identificamos uma possível terceira pista, mas na vistoria do Exército ficou constatada que era uma rua em uma comunidade indígena”, ressaltou o analista de campo do Centro Regional do Sipam, em Manaus, Marcos Brainer, que está em Tabatinga (AM). A operação localizou garimpo ilegal, notificou estrangeiros irregulares, fiscalizou serrarias, apreendeu madeira beneficiada irregularmente e ainda realizou procedimentos médicos para comunidades próximas à fronteira.
Para o general-de-brigada e comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, Pedro Antônio Fioravante Silvestre Neto, o balanço da operação até o momento é muito positivo. “O apoio tecnológico do Sipam ajuda na identificação de ilícitos de forma rápida. Além disso, o trabalho integrado e coordenado com diversos órgãos como as Forças Armadas, Sipam, Polícia Federal, Ibama, Receita Federal, garante o sucesso da operação”, argumentou.
Segundo o gerente do Centro Regional do Sipam em Manaus, Bruno Monteiro, o órgão está ajudando na operação com seu sistema de comunicação (antenas de comunicação via satélite e maletas radiotransmissão), além de sensoriamento remoto, previsão meteorológica e ainda há analistas de campo, para interpretar as imagens de satélite e operar o sistema tecnológico do Sipam.
A Operação Ágata faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), lançado pela presidenta Dilma Rousseff, em 8 de junho. Dos 16 mil quilômetros da linha limítrofe, 9,5 mil são permeados por rios que nascem nos países vizinhos e descem em direção ao território nacional, servindo como rotas de atuação do crime organizado. Para enfrentar o problema, os ministérios da Defesa e da Justiça definiram 34 pontos de vulnerabilidade, que serão cobertos pelas Forças Armadas em sucessivas edições da Operação Ágata.
Fonte:
Ministério da Defesa
18/08/2011 11:14
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