Sistema para monitorar desastres naturais será instalado até novembro



Mais de 20 municípios brasileiros devem receber, até novembro deste ano, os aparelhos que vão formar no Brasil o Sistema de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. A previsão é que o processo esteja funcionando completamente até 2014, conforme anunciou nessa quarta-feira (13) o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre.

De acordo com Nobre, os primeiros testes serão realizados na região Nordeste, que já foi alvo de várias inundações. “Precisamos de um levantamento completo de áreas de risco de todo o território nacional. E isso, ainda não temos. Desse modo, iniciaremos as atividades com um número reduzido de cidades que já possuem seus mapeamentos. Além disso, os radares existentes não cobrem todo o País. Os investimentos no sistema prevêem a modernização dos aparelhos existentes, a aquisições de novos e a interligação deles em rede”, explicou.

O Centro Nacional de Prevenção, responsável por gerir todas as informações coletadas por radares, satélites, pluviômetros, entre outros equipamentos, será implantado em Cachoeira Paulista (SP).

O centro principal será interligado em rede e receberá informações de demais unidades espalhadas em todas as regiões. O secretário explicou a instalação do Centro no estado de São Paulo : “Toda a infraestrutura de pesquisa está lá. Na região, está instalado o supercomputador Tupã, recém-adquirido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) e que possuem uma grande capacidade de processamento”, acrescentou.


Inundações e deslizamentos

Quando entrar em operação, os alertas do Sistema de Monitoramento vai funcionar, no primeiro momento, para inundações e deslizamentos. “Hoje conseguimos identificar a ocorrência de chuvas. Entretanto, não temos a condição de traduzir esse tipo de informação em uma possível ocorrência de deslizamento, por exemplo. Esse é o desafio dessa força-tarefa”, destacou.

As medidas de prevenção já foram definidas, e segundo Nobre, envolvem: detalhamento dos riscos de deslizamentos e enchentes (mapeamento), alerta de risco, difusão desse alertas para as áreas de risco e, finalmente, capacidade de resposta, que seria a mobilização para uma possível evacuação.

Segundo o secretário Carlos Nobre as ocorrências de desastres aconteceram aumentaram entre os anos de 2008 e 2011, se comparado entre 1970 e 2008.

Durante esta semana, representantes e especialistas de todo o mundo na área de defesa civil participaram do Seminário Internacional sobre Gestão Integrada de Riscos e Desastres, em Brasília (DF).


Fonte:
Ministério da Ciência e Tecnologia



14/04/2011 11:15


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