SÓ COMISSÃO DE ORÇAMENTO VAI TRABALHAR NA PRÓXIMA SEMANA
A convocação do Congresso foi precedida de intensas negociações nesta terça-feira. Logo pela manhã, o presidente da Comissão Mista de Orçamento apresentou um calendário preparado por sua assessoria técnica prevendo a queima de etapas na discussão e votação do orçamento. Se fossem cumpridos os prazos normais, a votação final só poderia ocorrer dia 15 de janeiro. Com a aceleração, até dia 29 o Congresso poderia votar o projeto.
O relator-geral do orçamento, senador Amir Lando (PMDB-RO), afirmou que, apesar do prazo exíguo, seria possível cumprir as novas datas, desde que as lideranças partidárias dessem todo apoio e evitassem apresentar pedidos de votação de emendas em destaque. O novo calendário foi levado pelo presidente da Comissão, deputado Alberto Goldman (PSDB-SP), aos presidentes do Senado, Antonio Carlos Magalhães, e da Câmara, Michel Temer.
Antonio Carlos decidiu ouvir também o relator-geral, Amir Lando, durante a sessão da tarde do Senado, o qual confirmou que apresentaria o documento final no prazo, desde que não houvesse obstrução dos trabalhos pelas oposições. O presidente do Senado consultou ainda o senador Tião Viana (PT-AC), representante de seu partido na Comissão de Orçamento, e ouviu que o PT concordava com a votação do orçamento ainda neste ano. Mais tarde, o presidente do Senado acertou os detalhes com o presidente da Câmara.
À noite, durante sessão do Congresso, o senador Amir Lando manifestou-se preocupado com a qualidade do trabalho de análise do orçamento por causa dos prazos exíguos. Disse que fará todo possível para apresentar seu relatório final até o dia 28 de dezembro, mas se perceber que o exame do projeto orçamentário pode ser prejudicado, não se sentirá constrangido em pedir mais prazo. "A pressa é inimiga da perfeição e, caso se descubram problemas no orçamento mais tarde, eu poderei ser responsabilizado, junto com todos os parlamentares da Comissão de Orçamento".
Na mesma sessão do Congresso, o deputado Aloísio Mercadante (SP), líder do PT, disse que não aceitará votar o orçamento "a toque de caixa" se perceber riscos para a seriedade, transparência e qualidade do projeto orçamentário. O presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães, apelou aos partidos para que façam o esforço para a votação. "É um sacrifício que estaremos fazendo para devolver o orçamento ao Executivo neste ano. Se não for possível, não se votará. Mas vamos fazer o esforço, mostrando inclusive que estamos trabalhando no recesso sem nada receber por isso", acrescentou Antonio Carlos Magalhães.
12/12/2000
Agência Senado
Artigos Relacionados
Comissão de Orçamento vai trabalhar nos finais de semana
Comissão de Orçamento se reunirá na próxima semana
COMISSÃO DE ORÇAMENTO AVALIA NA PRÓXIMA SEMANA EXECUÇÃO DO PPA
Adiada para a próxima semana reunião da Comissão de Orçamento
Votação da LDO é adiada para a próxima semana na Comissão de Orçamento
Comissão de Orçamento vota parecer final na próxima semana