Solução para o roubo de cargas passa pela conscientização dos caminhoneiros
O presidente da Federação dos Caminhoneiros do Estado (Fecavergs), Mariano da Rocha, disse hoje na reunião da Subcomissão dos Caminhoneiros Desaparecidos, da Assembléia Legislativa, que todos os esforços despendidos para aumentar a segurança dos motoristas de transporte de carga serão limitados se os próprios profissionais não se conscientizarem da importância de adotarem postura e mecanismos preventivos, como é caso do rastreamento do veículo via satélite.
Para tanto, o presidente da Subcomissão, deputado Francisco Appio, disse da necessidade da criação de um banco de dados que possibilite uma constante atualização de informações e avanços tecnológicos envolvendo a prevenção do roubo de cargas. “É preciso implantar uma nova cultura de prevenção junto aos caminhoneiros”, declarou o parlamentar. Segundo Appio, a cada dia, um motorista gaúcho é assaltado no Rio Grande do Sul e três fora do Estado. “Somente no ano passado, segundo dados que estão nos chegando, os prejuízos com o roubo de cargas foi de aproximadamente R$ 900 milhões”, disse o deputado.
Para os participantes da reunião, os caminhoneiros se tornaram uma vítima fácil, daí a necessidade da categoria se atualizar em termos de prevenção do roubo de cargas. Segundo eles, os bancos se mobilizarem e conseguiram reduzir significativamente os roubos, e os caminhoneiros devem seguir pelo mesmo caminho.
Outro fator que preocupa os representantes dos caminhoneiros são os acidentes de trânsito. “Ninguém me convence de que depois da entrada em vigor do novo Código Brasileiro de Trânsito os acidentes diminuíram”, afirmou Mariano da Rocha, dizendo estar convencido de que a embriaguez continua sendo a principal causa das tragédias rodoviárias.
Para ele, cerca de 30% dos motoristas que trafegam nas tardes de domingo pela RS-040 e pela BR-116, no trecho Guaíba – POA, se excederam na ingestão de álcool. “Enquanto os bares e restaurantes localizados às margens das rodovias continuarem expondo, gratuitamente, cerca de 20 a 30 tipos de bebida, e enquanto o DETRAN não utilizar os recursos que eu sei que existem, na prevenção de acidentes, os acidentes de trânsito continuarão acontecendo”, afirmou Rocha.
03/26/2001
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