SP discute geração de energia a partir do bagaço da cana
Seminário está dividido em duas etapas: uma realizada nesta segunda-feira, 1º, e outra no dia 17
A secretária Estadual de Saneamento e Energia, Dilma Pena, representou o governador José Serra na abertura do seminário “O problema como parte da solução”, nesta segunda-feira, 1º, na Assembléia Legislativa. O encontro tem por objetivo discutir e definir metas, com horizonte em 2020, que contribuam com o desenvolvimento econômico e social do Estado de São Paulo. Também participaram da abertura o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Vaz de Lima, e o secretário-adjunto do Meio Ambiente, Pedro Ubiratan Escorel de Azevedo.
O seminário está divido em duas etapas que visam discutir as possibilidades de incentivo à implementação de políticas para o aproveitamento energético do bagaço da cana e dos resíduos sólidos. A primeira etapa, realizada hoje, aborda o tema: “Cogeração de Energia e Resíduos da Agro-indústria Canavieira”. A segunda, prevista para o próximo dia 17, traz a discussão sobre o “Aproveitamento Energético do Lixo Urbano”.
A secretária Dilma Pena e o secretário-adjunto Pedro Ubiratan destacaram a importância da união de esforços entre os poderes legislativo e executivo para desenvolver o potencial energético do Estado de São Paulo, buscar soluções aos problemas que vêm preocupando os paulistas e atender aos interesses públicos.
Segundo a secretária, a geração de energia a partir do bagaço da cana está integrada no ciclo da indústria canavieira e deve ser explorada. Para tanto, os gargalos existentes hoje devem ser superados.
Dilma destacou três, dos maiores empecilhos a cogeração: a viabilidade econômico-financeira no mercado regulado de energia, a conexão entre a usina e as redes de distribuição e transmissão, e a questão fiscal. “Estamos trabalhando para acabar com estes gargalos: analisando a micro-economia do setor, ou seja, os custos e a integração; buscando a participar e colaborar com o governo Federal nas questões de planejamento de rede; e discutindo a possibilidade de incentivos às indústrias do setor”, explicou a secretária.
Ela lembrou ainda que o Estado tem 150 usinas que produzem 900 megawatts e um potencial de 3 mil MW que podem ser explorados em um curto espaço de tempo, cerca de quatro anos. “Além de uma disponibilidade mais rápida que as outras fontes, a energia proveniente da cogeração é uma energia limpa”, ressaltou Dilma.
Para o deputado Vaz de Lima “devemos estimular a produção de energia a partir do bagaço da cana e dos resíduos sólidos, pois São Paulo tem a matéria-prima necessária em grande escala”.
Resíduos sólidos
A geração de energia a partir dos resíduos sólidos será o tema da segunda etapa deste seminário (Aproveitamento Energético do Lixo Urbano) que será realizada no próximo dia 17, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O seminário é realizado pela parceria entre as secretarias estaduais de Saneamento e Energia, de Meio Ambiente e a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.
Da Secretaria Estadual de Saneamento e Energia
(I.P.)
10/01/2007
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