SP investe mais de R$ 94 milhões em programa de inclusão universitária



Programa de Inclusão por Mérito no Ensino Superior vai garantir 50% das vagas de universidades públicas para alunos das escolas públicas até 2021

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Alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas terão mais chances de ingressar nas universidades estaduais. Este é o objetivo do Programa de Inclusão com Mérito no ensino Superior Público Paulista (Pimesp), lançado nessa quinta-feira, 20, pelo governador Geraldo Alckmin.

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O programa foi desenvolvido pelo Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo), - composto pelos reitores da USP, Unicamp e Unesp e pelos secretários de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia; e Educação -, que vai garantir que 50% das matrículas em cada curso e em cada turno sejam ocupadas por alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas.

O Pimesp prevê investimentos de R$ 27,017 milhões em 2014 e deve atingir R$ 94,679 milhões em 2021. A quantidade de vagas destinadas aos estudantes de escolas públicas será implantada gradativamente, começando com 35% em 2014, 43% em 2015, chegando aos 50% em 2016. As vagas são válidas para USP, Unesp, Unicamp, Fatecs e para as Faculdades de Medicina de Marília e Rio Preto. "As universidades já têm um programa de inclusão com várias ações afirmativas, mas nós queremos ter um programa mais abrangente e de Estado, ou seja, para todos", disse o governador Geraldo Alckmin.

O governador anunciou ainda a criação de um fundo especial para bolsas de meio salário mínimo (R$ 311) aos alunos com renda familiar inferior a 1,5 salário mínimo, para suprir necessidades de transporte e alimentação. Os contemplados serão avaliados mensalmente quanto à participação em atividades escolares. "Não adianta só criar a cota e o aluno entrar na universidade e ter que desistir por não ter como se manter. Isso vai evitar a evasão", destacou Alckmin.

Instituto Comunitário

A ação prevê a criação do Ices (Instituto Comunitário de Ensino Superior), em parceria com a Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), que vai oferecer cursos superiores com duração de dois anos a esses estudantes. Ao todo, são 2 mil vagas para os alunos das escolas públicas, das quais mil são reservadas para negros, pardos e indígenas. A seleção para ingresso no Ices será realizada de acordo com o desempenho dos candidatos no Enem ou no Saresp, a ser definido pelo Conselho de Reitores.

Os cursos do Ices garantem o diploma universitário e o ingresso automático nas universidades públicas estaduais para quem deseja continuar os estudos, desde que o aluno tenha aproveitamento mínimo de 70%. A escolha do curso nas universidades também será por meritocracia, ou seja, quem tiver notas melhores no Instituto Comunitário tem prioridade.

Do Portal do Governo do Estado



12/20/2012


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