Codevasf investe mais de R$ 260 mi em inclusão produtiva



Programas como Água para Todos (2ª Água) e Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária, inseridos no Plano Brasil Sem Miséria, do governo federal, e recursos de emendas parlamentares garantem a implantação de estruturas de produção e beneficiamento, a aquisição de equipamentos e insumos, além de mobilizações e capacitações, favorecem a inclusão produtiva de agricultores familiares nos estados de atuação da Codevasf.

Mais de R$ 260 milhões estão sendo investidos nessas ações, que têm como princípio básico alavancar atividades já desenvolvidas pelas comunidades ou iniciar uma nova que represente mais uma alternativa de renda, respeitando sempre a vocação produtiva local.

Os kits de irrigação, por exemplo, têm sido um reforço para famílias residentes em comunidades rurais. Cada kit tem capacidade para irrigar até 500 metros quadrados, propiciando a produção de alimentos para subsistência e a comercialização do excedente. A meta é instalar 2 mil kits, um investimento de R$ 1,2 milhão. “Nós já produzimos coentro, cebola, alho, pimentão, beterraba, cenoura, quiabo, maxixe. Ganhamos entre 800 e 1.000 reais por mês, só com essas plantações. Depois dos kits, facilitou bastante, porque era muita mão de obra para molhar, e também economiza água”, afirma Domingos Ferreira Rodrigues, um dos produtores beneficiados com os kits no município de Jaborandi, no Médio São Francisco baiano.

Esses kits produtivos são uma ação conjunta dos programas Água para Todos (Segunda Água) e Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária, no eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria. Os recursos são oriundos da Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI).

A Codevasf também investirá, com recursos oriundos do BNDES, R$ 114 milhões para distribuição de kits de irrigação compostos por mangueiras, tubos de PVC, tubo gotejador, bombas, válvulas e caixas d'água, bem como para implantação de uma biofábrica no estado de Alagoas e execução de barragens subterrâneas que armazenam água da chuva no subsolo. 

Apoio a atividades produtivas

A apicultura é uma das atividades apoiadas pela Codevasf para dar uma nova perspectiva à população que vive no semiárido. Em parceria com SDR/MI, a Companhia está investindo cerca de R$ 38 milhões, beneficiando em torno de 5 mil famílias de apicultores. São fornecidos kits de apicultura, compostos por equipamentos diversos – desde colmeias, fumegadores, baldes até balanças, passando por tanques e centrífugas – bem como unidades de extração de mel, entrepostos, unidades de beneficiamento de pólen ou de cera de abelhas. O objetivo é incluir esses produtores na Rota do Mel, que é uma das "Rotas de Integração Nacional", principal estratégia da SDR/MI para atuação no adensamento de Arranjos Produtivos Locais (APLs) e no Plano Brasil Sem Miséria.

Após a mobilização, o cadastro e a seleção dos apicultores, atendendo aos critérios estabelecidos pelo programa, os kits são distribuídos e os apicultores são capacitados e acompanhados pelas equipes contratadas pela Codevasf. A assistência técnica é fornecida em parceria com prefeituras, governos estaduais e com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Além da apicultura, outras atividades como caprinovinocultura e piscicultura representam mais uma opção viável para milhares de famílias. No caso da criação de caprinos e ovinos, as iniciativas objetivam inserir os criadores na Rota do Cordeiro, um projeto idealizado pela Embrapa e pela SDR/MI que tem a Codevasf como uma das principais parceiras. Estão sendo investidos R$ 2,5 milhões nas ações da Rota do Cordeiro, principalmente nos estados da Bahia, Pernambuco e Piauí. O trabalho consiste na implantação de áreas de produção de forragem; construção de centros de manejo reprodutivo, centrais de terminação e unidades de transferência de tecnologia; fornecimento de equipamentos e picadeiras de forragem e capacitação dos produtores.

Cerca de R$ 5 milhões serão aplicados em ações de aquicultura e pesca relacionadas ao Plano Brasil Sem Miséria, as quais envolvem mobilização, cadastramento, seleção e acompanhamento de aquicultores e pescadores familiares, sobretudo os que se encontram em situação de extrema pobreza; fomento à implantação de áreas de produção; e apoio ao cultivo, beneficiamento e comercialização da produção. Para isso, serão fornecidos tanques-rede, balanças, material de análise de água, ração, alevinos, apetrechos de pesca, beneficiando aproximadamente 500 famílias. Os Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf também fazem parte desta estratégia de impulsionar a atividade produtiva, servindo como polos de capacitação de produtores, difusão de novas tecnologias e de produção de alevinos para os projetos sociais.

Novos projetos, também como parte do eixo de inclusão produtiva do Brasil Sem Miséria, estão em andamento. É o caso do Projeto de Desenvolvimento Sustentável de Mandiocultura (Reniva). Com investimentos da ordem de R$ 30 milhões, ele deve atender a 3 mil beneficiários, por meio da implantação de unidades de multiplicação de manivas, produção de mandioca, processamento de farinha e derivados de mandioca e do fornecimento de tratores e implementos agrícolas. Já o Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Palma Forrageira (Repalma) conta com recursos da ordem de R$ 40 milhões e beneficiará 2.398 famílias por meio da implantação de unidades de multiplicação de raquetes, produção de palma e do fornecimento de tratores, implementos agrícolas e picadores de forragem.

No segmento de cajucultura de sequeiro, a Codevasf oferece apoio à produção nos estados de Alagoas e Piauí, por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cajucultura. No estado de Alagoas, inicialmente, a meta é distribuir 480 mil mudas de cajueiro anão precoce destinadas à implantação de novas áreas de produção. Cada produtor selecionado receberá em média 480 mudas para implantação de dois hectares de caju. Os recursos para essa ação são da ordem de R$ 3,8 milhões. Já para o estado do Piauí, onde o apoio à cajucultura já ocorre ao longo dos últimos anos, os investimentos são de cerca de R$ 4,1 milhões para cadastro e seleção de agricultores; aquisição, transporte e distribuição de mais de 1,2 milhão de mudas de cajueiro anão precoce para replantio de áreas afetadas pela seca e ampliação de novas áreas de produção, bem como o acompanhamento técnico e a capacitação de produtores.

Fonte:

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba 



03/01/2014 16:43


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