SP lança programa de educação ambiental nas escolas



Programa começa com 380 mil alunos de escolas da região da Guarapiranga

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Atualizada às 17h37

O governador José Serra lançou nesta quinta-feira, 5, na Escola Estadual Paulino Nunes Esposo, na zona sul da capital, o Programa de Educação Ambiental. Desenvolvido em conjunto pelas secretarias estaduais da Educação e do Meio Ambiente, o projeto, que terá início na Bacia do Guarapiranga, visa levar educação ambiental para 282 escolas da rede estadual na região da represa, atingindo cerca de 380 mil estudantes.

“Agora temos projeto curricular e o material didático. O objetivo é a conscientização sobre a importância de se preservar o verde, os animais silvestres, a água e atmosfera. Questões básicas que estão afetando muito a vida em São Paulo”,  disse o governador José Serra, no lançamento do programa, ao lado do secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano.

Os professores vão receber materiais pedagógicos como a “Cartilha Ambiental Guarapiranga”, com orientações sobre o trabalho a ser desenvolvido com os alunos de forma articulada com o currículo escolar. O projeto prevê a capacitação do professores para aplicação do material didático por meio de videoconferências.

O projeto prevê ainda a implantação da Ação Jovem Ambiental. A idéia é que cada escola tenha turmas que utilizem uma determinada linguagem artística (canto, dança, teatro) para estudar, pesquisar e conhecer melhor a realidade local, para então contribuir com sua transformação.

Para o governador, começar o processo de educação ambiental pelas crianças é algo insubstituível. “Tudo aquilo que estamos investindo hoje para recuperar o meio ambiente teria sido evitado se no passado tivéssemos tratado bem o meio ambiente e tivéssemos educado os jovens”, observou o governador.

Esse projeto prevê a realização de uma oficina de arte-educação ambiental durante dez meses, com encontros semanais de quatro horas cada, fora do horário de aula. Ao final das oficinas serão apresentados os resultados (os produtos artísticos) para todos da escola da comunidade. A participação no projeto é gratuita e o aluno receberá um certificado de participação no final da oficina.

“É um projeto muito importante. Faz parte da educação levar esse tipo de conscientização aos alunos. Envolve os estudantes de uma forma lúdica para uma questão muito importante”, afirma a secretária estadual da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro. Em viagem à serviço da pasta, ela foi representada no evento pela secretária adjunta Iara Prado.

Ação maior

A Cartilha Ambiental que os professores estão recebendo para tratar do tema em sala de aula faz parte de uma ampla estratégia da Secretaria do Meio Ambiente para atuar na recuperação dos mananciais paulistas. A secretaria também prevê a realização de cursos para gestores públicos e lideranças comunitárias da região da Bacia do Guarapiranga para que possam disseminar os conteúdos.

Também deve realizar pesquisas de percepção ambiental, nos sete municípios que integram a Bacia, com as quais buscará avaliar a percepção que os moradores locais têm em relação à questão ambiental, áreas de mananciais, represas, recursos hídricos, habitação, saneamento, educação e qualidade de vida.

Outra iniciativa prevista é um programa de educação não-formal, com distribuição para os moradores de materiais impressos de fácil leitura sobre a importância dos recursos hídricos, além da criação de um Centro de Referência no Parque Ecológico Guarapiranga que vai auxiliar na descentralização das informações ambientais.

Escola Paulino Esposo

A Escola Estadual Paulino Nunes foi escolhida para ser palco do lançamento do Programa de Educação Ambiental por investir fortemente na aprendizagem relacionada ao tema.

Além de horta, para cultivo dos alunos, que aprendem sobre a importância da alimentação saudável, a escola oferece passeios para os estudantes. O último foi de escuna na represa Guarapiranga onde foi apresentado histórico da represa e foram explicados e reforçados os conceitos de que a água, para inúmeras finalidades, tem origem em um manancial, e, por isso, devemos preservar sua fonte.

“Em tempos de fast food, os alunos recebem orientação na hora de escolher o que comer. E não há melhor lugar para aprender que a escola. É um trabalho que serve de exemplo para as outras escolas”, afirma a secretária Maria Helena.

A escola também participou do Mutirão Azul, que envolveu alunos de 12 a 16 anos em discussões sobre as questões ambientais da represa. Com 70 anos e 1.750 alunos, a unidade reúne 60 professores que trabalham os temas ambientais com os estudantes.

Secretaria da Educação com Manoel Schlindwein

 



06/05/2008


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