SP reduz mortalidade por Aids em 56,5%



Em 2006 foram 3.363 mortes pela doença contra 7.739 em 1995

Balanço da Secretaria de Estado da Saúde, baseado em dados do Programa Estadual DST/Aids, revela que o número de óbitos por Aids caiu 56,5% entre 1995 e 2006 _ houve 7.739 óbitos por Aids em 1995 contra 3.363 no ano passado. A Taxa de Mortalidade pela doença caiu de 22,9 óbitos por 100 mil habitantes em 1995 para 8,3 óbitos por 100 mil em 2006.

Uma das razões para a queda da mortalidade entre os pacientes HIV positivos foi a introdução dos anti-retrovirais mais potentes, ocorrida em 1996.

Houve redução também na incidência da doença, principalmente entre os mais jovens. O pico da epidemia em ambos os sexos ocorreu em 1998, com um total de 11.955 casos notificados. Em 2005, foram notificados 6.258 casos de Aids, o que representa uma queda de quase 50% em números absolutos em relação a 1998. Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, 621 (96,3%) tiveram pelo menos um caso de Aids desde o início da epidemia.

Em 2005 a maior incidência de casos notificados está na faixa etária de 30 a 39 anos. No Estado de SP, a epidemia de Aids vem diminuindo nas faixas etárias mais jovens, especialmente entre 15 a 19 anos. A taxa caiu de 9,8 casos (por 100 mil habitantes), em 1991, para 5,8 casos (por 100 mil habitantes) em 2005.

Categoria de exposição

A transmissão sexual heterossexual continua sendo a forma mais freqüente em números absolutos. No período de 1996 a 2006, a diminuição de casos entre os jovens foi mais evidente para os homens. Há um aumento considerável de ocorrência de casos em maiores de 40 anos de idade, especialmente, entre as mulheres.

As proporções de homens que fazem sexo com homens (HSH), ou seja, homossexuais masculinos + bissexuais masculinos, tem se mantido estável nos últimos anos, cerca de 28 a 30% do total de casos em homens. Entre os heterossexuais houve aumento da proporção de casos: em 1985 equivaliam a 5,1% dos casos e, em 2005, este valor foi de 56,7%. A forma de exposição por uso de drogas injetáveis (UDI) era 36% em 1991 e diminui em 2005, para 8,1% dos casos notificados.

Para o sexo feminino com 13 anos ou mais observam-se as mesmas tendências de aumento na categoria heterossexual, de 54,5% em 1985 para 81,0% em 2005, e de diminuição da UDI, que em 1985 foi 9,1% e em 2005 foi 4,5%.

No período de 1980 até o final de junho de 2007 foram notificados ao Sistema e Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo 155.302 casos de Aids, sendo 109.279 do sexo masculino (70,36%) e 46.023 do sexo feminino (29,64%). A razão de sexo é de 2 homens para 1 mulher de 1996 até hoje.

Da Secretaria da Saúde



11/30/2007


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