Suassuna critica atendimento de empresas aéreas



Apesar de o Brasil já contar com leis que defendam o consumidor, o cidadão brasileiro ainda é muito desrespeitado em seus direitos ao comprar produtos e serviços. O Congresso Nacional precisa dar mais atenção para o problema, disse nesta sexta-feira (5) o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), ao reclamar do atendimento de duas companhias aéreas que estão trabalhando conjuntamente.

Para Suassuna, a questão é tão grave que atinge até mesmo senadores, pessoas com grande visibilidade social. "O consumidor brasileiro padece muito apesar da existência do Código de Defesa do Consumidor; se nós senadores sofremos, imagine um homem do povo", disse.

O senador afirmou que o Congresso precisa cuidar não apenas de investigações e comissões parlamentares de inquérito, mas de assuntos práticos também, como a construção de casas populares, a desburocratização do país e a defesa ao direito dos consumidores.

Em relação a esse problema, o senador contou uma situação desagradável que passou ao tentar embarcar em um vôo com destino à Brasília no início da semana. Apesar de ter passagem comprada por uma grande empresa área que vem atuando em conjunto com outra empresa do setor, o senador não conseguiu embarcar porque seu nome desapareceu do computador da empresa. Constava como se Suassuna não tivesse feito reserva.

- Como eu poderia não ter feito reserva se eu tinha uma passagem emitida pela própria empresa? Se eu não estou no computador da companhia eu não existo? As empresas não se entendem entre si e quem paga é o pobre do usuário? - questionou.

Para conseguir embarcar, o senador precisou comprar passagem pela outra companhia da parceria comercial. Apesar de atuarem em conjunto, as duas não se comunicam e funcionam de maneira independente, informou, e os passageiros têm sofrido muito com a atuação dessas empresas aéreas.

. Foi necessário esperar quatro horas pelo vôo, segundo Suassuna. A passagem do senador era para o vôo 3824 do dia 1º de março às 15h25. Segundo ele, havia outros parlamentares entre as 70 pessoas que ficaram sem conseguir voltar para Brasília.

- Se isso acontece com um senador, imagine com um homem comum que não conhece as leis. Ele faz o que? Apela para o papa? Temos que estar atentos a esse fato - disse.



05/03/2004

Agência Senado


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