Suassuna diz que governistas não vão cumprir decisão da Executiva, continuam no governo e vão à Justiça
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), vice-líder do governo no Senado,informou que os membros da Executiva do partido que defendem a permanência na base do governo irão à Justiça contra a decisão desta quarta-feira (8), que manteve a convenção nacional do partido para o próximo domingo e decidiu pela entrega dos cargos ao governo em 48 horas.
- Vamos à Justiça porque foi uma decisão ilegal, só a convenção nacional pode decidir por um rompimento com o governo - disse o senador.
Segundo Suassuna, os membros da Executiva que defendem a manutenção da aliança com o governo chegaram à reunião com uma proposta escrita: o adiamento da convenção para o dia 2 de fevereiro e a manutenção da aliança com o governo. O ex-deputado Renato Viana (SC), no entanto, apresentou uma proposta verbal, de adiamento da convenção para 2 de março, mas com o rompimento imediato com o governo e a entrega de cargos em 48 horas.Na votação, houve empate em oito a oito, mas o presidente Michel Temer, com o voto de minerva, decidiu a favor do rompimento imediato.
Estabelecido o confronto, Temer anunciou que a convenção do próximo domingo está mantida e que o partido deve romper com o governo em 48 horas, o que não será cumprido, e mais, será questionado na Justiça, garantiu Suassuna.
08/12/2004
Agência Senado
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