Suassuna prega mini-reforma tributária
Ao final das eleições, o Congresso poderia votar uma mini-reforma tributária, capaz de simplificar a cobrança dos tributos e desonerar o empresariado nacional. A idéia foi defendida nesta segunda-feira (5) pelo senador Ney Suassuna (PMDB-PB), ao analisar pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apurou ser a carga tributária a grande queixa do setor industrial brasileiro.
- Minha idéia é que possamos enfrentar agora, ao terminar a eleição, num tempo recorde, uma mini-reforma, que permita que o próximo presidente já beneficie o país com essas novas regras. Está em nossas mãos. Não podemos atribuir a mais ninguém, não podemos culpar ninguém - conclamou o parlamentar.
No entender de Suassuna, o Brasil clama por uma reforma e o Legislativo não pode esquecer que, há anos, tramitam na instituição vários projetos com essa proposta.
- É hora de arregaçarmos as mangas e trabalharmos, buscando a solução que o país deseja, uma solução que permita a esse país exportar mais e ser mais justo - disse ele.
O senador argumentou que o momento é extremamente tranqüilo para fazer a mudança, porque nenhum candidato a presidente da República se opõe à novidade. Ele lembrou que no debate realizado pela TV Bandeirantes com os candidatos a presidente, Luís Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes, José Serra e Anthony Garotinho concordaram em que a reforma tributária é necessária, urgente e clamada pelo país.
- Portanto, vamos aproveitar, já que todos concordam, e vamos fazê-la, propiciando a desoneração de nossas exportações e, principalmente, a agilidade na fiscalização, que hoje é complexa - disse Suassuuna.
O senador explicou que, com essa reforma, o Brasil conseguirá a dinamização das empresas, que terão menos custos e conseguirão maior expansão. No mesmo discurso, o senador defendeu mais incentivo ao comércio exterior. Ele lamentou a pouca criatividade dos gestores desse setor, observando que países de território insignificante, como a Coréia e Taiwan, ocupam dezenas de vezes mais espaço que o Brasil.
05/08/2002
Agência Senado
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