Suassuna será ouvido na próxima terça-feira



O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar marcou para as 10h da próxima terça-feira (12) reunião para ouvir o senador Ney Suassuna (PMDB-PB). O parlamentar deverá apresentar sua defesa e, se quiser, arrolar testemunhas a seu favor no processo disciplinar aberto para apurar quebra de decoro parlamentar por conduta incompatível com o cargo público que ocupa.

Suassuna é um dos três senadores que tiveram os nomes incluídos no relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por haver indícios ou provas de participação na chamada máfia das ambulâncias. Os outros dois são Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).

O pedido para ouvir Suassuna foi feito pelo relator do seu processo, senador Jefferson Péres (PDT-AM).Ele lembrou que o parlamentar pela Paraíba pode optar por não apresentar nova defesa no conselho, alegando que a defesa prévia que apresentou por escrito já é suficiente como prova de sua inocência.

-Tenho de ouvir o acusado por último (depois dos dez depoimentos convocados para esta semana). Findo isso, apenas necessito de mais uma semana para apresentar meu parecer. Mas se ele (Suassuna) arrolar testemunhas de defesa, precisamos fazer um calendário - afirmou Jefferson Péres.

Para não atrasar os trabalhos do Conselho de Ética, o presidente do colegiado, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), afirmou que, se Suassuna pretender arrolar testemunhas de defesa, elas também serão ouvidas na próxima terça-feira.

Nenhum dos três senadores investigados apareceu na reunião desta terça-feira (5), embora todos tenham sido convidados. Serys Slhessarenko e Magno Malta enviaram advogados.

Reunião administrativa

A reunião administrativa do Conselho de Ética desta terça foi convocada para que os relatores dos processos contra Serys Slhessarenko - senador Paulo Octávio (PFL-DF) -, Magno Malta - senador Demóstenes Torres (PFL-GO) - e Ney Suassuna - senador Jefferson Peres - pudessem apresentar seus respectivos planos de trabalho em relação aos processos. Mas Jefferson explicou que não havia necessidade desse roteiro.

- Não há necessidade desse plano formal de trabalho, pois não há complexidade nas ações desenvolvidas - salientou.

Logo em seguida, o Conselho de Ética encerrou a reunião administrativa e abriu uma nova reunião para tomar os depoimentos de três sócios da Planam, empresa apontada como principal organizadora do esquema de fraudes que consistia na utilização irregular de recursos do Orçamento da União para a compra de ambulâncias a preços superfaturados. Luiz Antônio Trevisan Vedoin e seu pai, Darci José Vedoin, além de Ronildo Pereira Medeiros começaram a ser ouvidos como convidados no final da manhã, em reunião que se tornou secreta a pedido do advogado Otto Medeiros, que os acompanhava.



05/09/2006

Agência Senado


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