SUBCOMISSÃO DE CINEMA TRAÇA PLANO DE ATIVIDADES PARA 2000



O ministro da Cultura, Francisco Wefort, e o diretor de TV Daniel Filho, estão entre o nomes que deverão ser convidados para paraticipar das audiências públicas que a Subcomissão do Cinema Brasileiro, da Comissão de Educação e Cultura, pretende realizar no primeiro semestre deste ano. Os senadores Francelino Pereira (PFL-MG) e José Fogaça (PMDB-RS), presidente e relator da subcomissão, respectivamente, informaram que deverão realizar uma reunião informal, nos próximos dias, para definir a pauta de trabalho de 2000. Ela deverá incluir a realização de pelo menos oito audiências públicas, com ênfase nos setores de televisão e financiamento de projetos audiovisuais.
Instalada em junho de 1999 com o objetivo de reformular a legislação que regulamenta as atividades audiovisuais, a subcomissão teve seu prazo de funcionamento prorrogado até o final deste ano. A realização de audiências públicas, segundo Francelino, deveu-se à necessidade de os integrantes da subcomissão terem uma visão mais precisa das dificuldades enfretadas pelo setor.
A expectativa é a de que o parecer que o senador Fogaça apesentrá ao final dos trabalhos enfeixe uma série de propostas voltadas para fortalecer economicamente e viabilizar o audiovisual brasileiro, como forma de expressão do povo. No ano passado, a Subcomissão do Cinema Brasileiro ouviu os depoimentos de produtores, diretores, distribuidores e exibidores. No total foram 13 convidados, entre os quais Marisa Leão, Luis Carlos Barreto, Nelson Pereira dos Santos, Gustavo Dahl, Luiz Severiano e José Carlos Avelar, entre outros.

TV E FINANCIAMENTOAs presenças de Francisco Wefort e de Daniel Filho deverão, segundo Francelino Pereira, ampliar as discussões sobre pontos-chave na elaboração de uma nova política para o cinema. O ministro deverá esclarecer, entre outras coisas, quais as medidas que deverão fazer parte da regulamentação do novo Código de Telecomunicações. No momento, esse documento está sendo preparado pelo Ministério das Comunicações.
Quanto a Daniel Filho, além de ator, diretor e roterista experiente, conhece por dentro as relações do cinema com a TV mais importante do país. O senador lembra que há consenso entre o pessoal ligado ao cinema, da necessidade de os canais de televisão exibirem os filmes brasileiros. Com a avalanche de filmes americanos dentro do mercado brasileiro, "corremos o risco de perder nossa própria identidade se não reagirmos através do fortalecimento da industria audivisual", como alertou Luis Carlos Barreto.
Também deverão paraticipar das audiências públicas representantes de grandes empresas estatais que financiavam atividades cinematográficas e que, depois de privatizadas deixaram de fazê-lo. Outro segmento que a Subcomissão do Cinema espera ouvir são os representantes das grandes distribuidoras multinacionais que operam no Brasil, como a Warner, a Columbia e a UPI, entre outras.

12/01/2000

Agência Senado


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