SUBCOMISSÃO DO IDOSO OUVE REPRESENTANTES DE CONSELHOS DE SÃO PAULO E RIO GRANDE DO SUL



O ex-presidente do Conselho do Idoso do Rio Grande do Sul, Antônio Parissi, disse na Subcomissão do Idoso que pesquisa realizada em seu estado constatou que quase a metade dos idosos ganha entre um e dois salários mínimos. Já o presidente do Conselho do Idoso do Estado de São Paulo, padre Alfredo Morlini, lamentou a inexistência de um Conselho Nacional que unifique as ações e gere um intercâmbio entre os conselhos estaduais e municipais.
- Os conselhos estão isolados, sem um acompanhamento recíproco - lamentou o sacerdote, na audiência pública realizada nesta terça-feira (dia 9). A criação do Conselho Nacional foi prevista na lei 8.842, de 1994, que definiu a política nacional do idoso. No entanto, até hoje não foi implantado pelo governo federal.
O religioso listou outros problemas enfrentados pelos idosos em seu estado. O grande drama, para ele, é a falta de moradia, parcialmente solucionado com a legislação estadual que reserva 5% dos conjuntos habitacionais paulistas para idosos carentes. Outra dificuldade encontrada é a falta de remédio gratuito para o idoso, garantido na lei mas em falta nos postos de saúde.
A pesquisa gaúcha, que contou com a participação de 14 das 15 universidades do estado, constatou também que 70% dos velhos gastam seu tempo livre defronte a televisão. Parissi destacou a importância do serviço voluntário, para que os idosos tenham ocupação de melhor qualidade.
O presidente da subcomissão, senador Luiz Estevão (PMDB-DF), indagou sobre as propostas dos centros de idosos para o cuidado com os mais velhos, a importância do Conselho Nacional e também sobre as restrições encontradas no mercado de trabalho. Sem informações disponíveis durante a audiência pública, ambos os convidados prometeram enviar dados por escrito.
A senadora Marluce Pinto (PMDB-RR) parabenizou os representantes dos conselhos dos idosos pelos depoimentos prestados na audiência pública da subcomissão. Como presidente interino dos trabalhos, o senador Djalma Bessa (PFL-BA) afirmou, ao encerrar a audiência pública, que a subcomissão já deu "milhares de passos para que seja montada uma legislação adequada e segura para o idoso".

09/11/1999

Agência Senado


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