Subcomissão dos Caminhoneiros debate registro de veículos com técnicos do Detran
Com o objetivo de buscar alternativas para o combate preventivo ao roubo de cargas e os assaltos aos motoristas no Rio Grande do Sul, a Subcomissão dos Caminhoneiros Desaparecidos, presidida pelo deputado Francisco Appio (PPB), realizou reunião ordinária para debater com representantes do Detran a questão do registro dos veículos e o cadastro dos condutores habilitados pelo sistema no Estado.
No encontro, o técnico do Detran e Coordenador do Registro Nacional de Veículos (Renavan), Leandro Magni, explicou que o Renavan é um sistema informatizado para integrar as informações sobre os veículos tornando-as disponíveis em todo o país para as bases estaduais. Conforme ele, o órgão foi criado para dar apoio às instituições da área da segurança pública nos casos de roubo ou furto, simplificar o sistema de habilitação e centralizar o controle dos veículos.
Leandro Magni disse ainda que o Renavan é constituído pelos cadastros estaduais de veículos interligados por uma central de computação que é a base de dados de todas as informações de veículos de placa única. Ele mencionou ainda que o sistema possui um pré-cadastramento onde são inseridas as informações sobre os veículos após o faturamento pelas montadoras ou desembaraço aduaneiro, para os veículos importados. O coordenador do Renavan acrescentou que os dados também são disponibilizados no módulo furto e roubo, que objetiva restringir a comercialização de carros roubados e desmanche ou cruzamento de fronteiras do país.
onforme Leandro Magni, são providências que visam auxiliar o proprietário na retormada do veículo, com o sistema bloqueando automaticamente a tentativa de transferência de veículos furtados e o seu licenciamento.
Por sua vez, a Coordenadora do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach) e também representante do Detran, Maria Celeste de Souza, disse que o objetivo do órgão é criar e manter um índice nacional dos cidadãos habilitados em veículos automotores.
Ela lembrou que anteriormente, cada estado emitia carteiras sem controle quanto à duplicidade do registro e que o atual sistema, implantado no Rio Grande do Sul desde 1993 e hoje já integrado aos 27 estados brasileiros, além de auxiliar nos processos de cadastramento e nas consultas, ainda evita a duplicidade nos registros. Maria Celeste de Souza destacou que o Renach contribui ainda para simplificar a sistemática da tranferência de registros e também apoiar a atuação dos órgãos da segurança pública na repressão aos
falsificadores de certificados de habilitação.
Já o diretor do Sindicato das Seguradoras do Estado (Sinderseg), Valdir Kerstine, comentou que o sistema está entrosado quanto à troca de informações entre os estados no país, mas considerou que a maior dificuldade das seguradoras têm sido obter esses mesmos dados dos veículos e reclamou que o setor vem perdendo muito dinheiro com esta situação. E o presidente da Federação dos Transportadores Autônomos do Rio Grande do Sul (Fecan), Mariano Costa, disse que embora o problema não esteja no Renavan, observou como representante dos proprietários de veículos que na teoria o roubo é impossível, mas na prática o que se constata são carros roubados, emplacados e andando pelas estradas do país.
Ele defendeu que essas informações estejam disponíveis também às seguradoras e que se tenha um currículo dos veículos, com seus proprietários anteriores. Antes de encerrar a reunião, o presidente da Subcomissão, deputado Francisco Appio, anunciou que vai convidar para o próximo encontro, o diretor do Departamento de Informática da Policia Civil, Joel de Oliveira que prestará informações sobre como são encaminhadas as ocorrências policiais de furtos de veículos ao sistema de dados do Renavan e Renach.
04/09/2001
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