Suplemento ilegal pode ter relação com casos de hepatite e morte



A Organização Mundial de Saúde atualizou as informações sobre a ocorrência de hepatite aguda não viral associada ao consumo de suplementos da marca OxyElite Pro e Versa 1. Até 13 de novembro, havia 62 casos de hepatite não-viral aguda nos Estados Unidos subsequente ao consumo dos referidos suplementos, incluindo um óbito, um transplante e outros pacientes aguardam na fila de transplantes. Segundo a OMS, também há um caso registrado na Irlanda e dois em investigação na Nova Zelândia.

A nova fórmula do OxyElite não pode ser legalmente comercializada no Brasil. Apesar da suspensão da fabricação, o produto ainda é encontrado em sites de venda, trazendo riscos para seus usuários. Nesse sentido, a Anvisa alerta aos consumidores que não consumam esses suplementos e informa que manterá a população informada sobre os avanços na investigação conduzida pelos Estados Unidos.

No último dia 1º de novembro a Anvisa já havia divulgado um alerta sobre a relação destes produtos com a ocorrência de hepatites. No Brasil, o produto já havia sido proibido, pois utiliza substâncias não autorizadas para suplementos alimentares no país. Entre as substâncias está o DMAA, que tem efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso central, pode causar dependência, além de outros efeitos adversos, como insuficiência renal, falência do fígado e alterações cardíacas, podendo levar a morte.

Marcas investigadas

Os suplementos envolvidos nas investigações incluem outras marcas, além daquelas inicialmente divulgadas pela FDA: OxyELITE Pro Super Thermo em cápsulas; OxyELITE Pro Ultra-Intense Thermo em cápsulas; OxyELITE Pro Super Thermo em pó, OxyELITE Pro and OxyELITE Powder Super T. Genic Caffeinated Beverage. e VERSA-1.

Atualmente, existe no mercado internacional uma nova fórmula desses suplementos, sem a adição de DMAA, mas com a incorporação de novos ingredientes, incluindo a substância Aegeline. A Aegeline é uma versão sintética de um alcalóide extraído de planta asiática que está sendo investigada como possível responsável pelos casos relatados de hepatite aguda não viral.

Fonte:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária



21/11/2013 16:09


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