Suplicy: combinação entre juros altos e câmbio valorizado prejudica economia do país



Ao discursar em Plenário nesta segunda-feira (11), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que a combinação entre altas taxas de juros e câmbio valorizado vem prejudicando o crescimento econômico do país. Ele defendeu uma redução mais expressiva da taxa básica de juros (a taxa Selic) com o fim de abrandar o problema da sobrevalorização cambial, o que favoreceria a rentabilidade e a competitividade dos setores exportadores, por um lado, e daqueles que concorrem com as importações no mercado brasileiro, por outro.

Nesse contexto, Suplicy criticou o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, ressaltando que a ata de sua última reunião, quando a taxa básica de juros foi reduzida de 13,75% para 13,25% ao ano, seria omissa quanto aos efeitos do câmbio sobre a competitividade da economia.

- É quase como se o problema não existisse para o Banco Central - disse ele.

O senador frisou ainda que o Brasil é o país que apresenta a maior taxa de juro real (ou seja, descontada a taxa de inflação) entre os países emergentes. E uma das causas da valorização do real, que afeta negativamente a balança comercial, seria justamente a diferença entre as taxas de juros brasileira e as de outros países.

- As exportações estão se desacelerando, enquanto as importações vêm crescentemente deslocando a produção nacional no mercado interno - declarou o parlamentar, ressaltando os efeitos deletérios desse processo sobre o Produto Interno Bruto (PIB).



11/12/2006

Agência Senado


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