Suplicy comenta metas de desenvolvimento para os próximos 12 anos
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) comentou em Plenário, nesta quinta-feira (24), as metas para o desenvolvimento econômico e social do país nos próximos 12 anos, constantes de documento apresentado pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). O documento recebeu contribuições de membros do CDES, do governo e da Fundação Getúlio Vargas.
Suplicy concordou com várias propostas do documento visando a modernização do sistema político nacional, como a de fortalecimento da utilização do plebiscito, do referendo e das iniciativas populares; a de instituição da reforma partidária e do financiamento público de campanhas.
Com relação aos enunciados do modelo de desenvolvimento econômico brasileiro, o senador também se mostrou de acordo com a meta fixada de crescimento médioanual de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2022 e com outras proposições voltadas para a diminuição da desigualdade social. Suplicy, no entanto, fez um reparo ao texto por este não mencionar os programas de transferência direta de renda, já previstos em lei.
- Refiro-me à Lei Nº 10.835, que diz que nós iremos implantar no Brasil, por etapas, começando pelos mais necessitados, como o faz o Programa Bolsa-Família, a renda básica de cidadania, o direito de toda e qualquer pessoa, não importa a sua origem, raça, sexo, idade, condição civil ou mesmo sócio-econômica, de receber uma modesta renda como um direito à cidadania - disse o senador.
Em aparte, Heráclito Fortes (PFL-PI) criticou o documento do CDES por tratar-se de propostas de realizações futuras e não de obras efetivamente realizadas durante o primeiro mandato do governo Lula.
- O ministro Tarso Genro seria muito mais honesto com a Nação se, antes de mostrar o que pretende fazer até o ano 2022, mostrasse o que foi feito nesses três anos e meio, ou seja, por que o país parou, porque as estradas continuam esburacadas, porque vinte presídios de segurança máxima prometidos não foram feitos, porque o combate à corrupção no governo, prometido pelo próprio presidente da República, não foi colocado em prática - disse Heráclito.
Cartel da laranja
No início de seu pronunciamento, Suplicy se referiu a uma multa de R$ 100 milhões aplicada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) às indústrias de suco de laranja. As empresas aceitaram pagar a indenização para se livrar de um processo por formação de cartel na aquisição de laranjas dos produtores.
24/08/2006
Agência Senado
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