Suplicy e Simon pedem voto de pesar pela morte de dom Luciano



Durante a sessão deliberativa desta terça-feira (5), senadores voltaram a lamentar o falecimento do arcebispo de Mariana (MG), dom Luciano Mendes de Almeida, que morreu de câncer no último 27 de agosto na cidade de São Paulo. Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Pedro Simon (PMDB-RS) apresentaram à Mesa requerimento pedindo voto de pesar pela morte do religioso e também apresentação de condolências aos familiares e à Igreja Católica.

- Considero que ele foi uma luz, um exemplo de caminho para os brasileiros, sobretudo por seu empenho na luta pela democratização do Brasil e pela defesa dos direitos humanos - disse Suplicy.

Os senadores do PT pelo Acre, Sibá Machado e Tião Viana (na presidência dos trabalhos), também lamentaram a morte e elogiaram a trajetória de vida de dom Luciano, que foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entre 1979 e 1986 e presidente da entidade de 1987 a 1994.

Nascido em 5 de outubro de 1930 na cidade do Rio de Janeiro, registrou Suplicy na justificativa do requerimento, dom Luciano estudou Teologia e Filosofia e também escrevia artigos jornalísticos, além de integrar o Conselho Episcopal Latino-Americano entre 1995 e 1998. Sibá Machado registrou que o arcebispo participava dos movimentos sociais em defesa das crianças, dos moradores de rua e da população carcerária.

No último dia 28 de agosto, em Plenário, o senador Marco Maciel (PFL-PE) já havia encaminhado à Mesa requerimento de voto de pesar pelo falecimento de dom Luciano. O pedido foi apoiado pelos senadores João Alberto Souza (PMDB-MA), que presidia os trabalhos, e Paulo Paim (PT-RS). Na ocasião, Maciel ressaltou o apostolado de dom Luciano - que iniciou a vida religiosa em 1947 - em favor dos pobres e dos excluídos e lembrou que, como presidente da CNBB, dom Luciano lutou pela reforma agrária, em defesa dos direitos sociais e dos índios e pela renovação da Igreja depois do Concílio Vaticano II.

05/09/2006

Agência Senado


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