Suplicy exalta feitos de Palocci e elogia indicação de Gleisi




Ao manifestar em Plenário seu apoio à escolha da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para a chefia da Casa Civil, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que a saída de Antonio Palocci do ministério é "motivo de sofrimento" para a bancada do Partido dos Trabalhadores. Suplicy exaltou o talento demonstrado por Palocci em sua vida pública, lembrando os efeitos positivos duradouros de sua gestão como prefeito de Ribeirão Preto (SP), e destacou seus feitos nos governos Lula e Dilma.

- Muitas vezes pude acompanhar o seu trabalho como ministro da Fazenda e ministro da Casa Civil e tenho a convicção de que ele continuará a dar extraordinárias contribuições à vida pública brasileira, inclusive para o governo da presidenta Dilma Rousseff - disse.

O senador manifestou sua esperança de que o ex-ministro Palocci possa comparecer ao Senado espontaneamente para "explicar as coisas tais como elas aconteceram".

Quanto à Gleisi Hoffmann, Suplicy disse que ela "distinguiu-se extraordinariamente" em seus quatro meses de mandato como senadora, com contribuições especialmente na área econômica e financeira.

Caso Battisti

Suplicy também voltou a pedir a libertação do ativista italiano Cesare Battisti, condenado na Itália por quatro assassinatos e refugiado no Brasil. O governo da Itália pede ao governo brasileiro a sua extradição, uma vez que Battisti não chegou a cumprir a pena naquele país, fugindo antes da sentença. No fim do ano passado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu por não extraditar o italiano, considerado refugiado político.

Suplicy lembrou que nesta quarta-feira (8) o Supremo Tribunal Federal volta a analisar o caso. O parlamentar citou o parecer do jurista Dalmo Dallari, para quem a insistência do governo da Itália em extraditar Battisti é um desprezo ao direito internacional.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apoiou a manifestação de Suplicy e pediu sensibilidade aos ministros do STF, lembrando que não há provas concretas dos crimes pelos quais Battisti é acusado e que inúmeros membros de grupos terroristas no Brasil foram anistiados e hoje são parlamentares.



07/06/2011

Agência Senado


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