Suplicy lembra os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) leu nesta terça-feira (9) um artigo assinado pela ex-presidente da Irlanda e alta comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Mary Robinson, e pelo arcebispo emérito da Cidade do Cabo e prêmio Nobel da Paz, Desmond Tutu, para lembrar que nesta quarta-feira (10) faz 60 anos que a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Ao ler o artigo, Suplicy lamentou que a visão esclarecida da declaração, de liberdade individual, proteção social, oportunidade econômica e deveres com a comunidade, ainda não tenha sido realizada.
- Tragicamente, genocídios estão acontecendo novamente, desta vez no Sudão. Uma agenda de segurança, realçada a partir dos atentados aos Estados Unidos, em 2001, incluiu tentativas de legitimar o uso da "extradição extraordinária", o movimento de prisioneiros e suspeitos entre países sem o processo jurídico de praxe, e a tortura - assinalou.
Continuando a leitura, o senador disse que para muitas mulheres em todo o mundo a violência doméstica e a discriminação no local de trabalho são uma realidade diária. Junto com as mulheres, minorias também sofrem estigmas, discriminação e violência em países desenvolvidos e em desenvolvimento. O direito à informação é negado a milhões por meio da censura e intimidação dos meios de comunicação.
Suplicy disse que uma organização chamada The Elders (Os Veteranos) - um grupo de líderes formado sob a inspiração de Nelson Mandela - trabalhou ao longo do ano passado com outras organizações parceiras para transmitir uma mensagem de direitos humanos ao mundo através da Every Human Has Rights Campaign (Campanha Todos os Homens têm Direitos).
- Graças a esse esforço coletivo, dezenas de milhares de pessoas e milhões mais através de escolas, grupos comunitários, sindicatos de trabalhadores e organizações da sociedade civil, voltaram a se identificar, ou se identificaram pela primeira vez com as metas da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este é o motivo para ter esperança - disse.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse, em aparte, que espera ainda comemorar a eleição de um presidente norte-americano do século 21 que tenha compromisso com a agenda dos novos tempos.
09/12/2008
Agência Senado
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