Talentos se despedem dos Jogos Escolares da Juventude
Foram 10 dias de muito esporte, cultura e educação. Mas, acima de tudo, um encontro de jovens de todos os cantos do país em torno dos valores positivos da prática esportiva. Com a realização da maior edição dos Jogos Escolares da Juventude em todos os tempos, que chegou ao fim neste sábado (16.11), a cidade de Belém (PA) vivenciou um pouco do clima olímpico que tomará conta do Brasil daqui a pouco menos de mil dias, quando os Jogos de 2016 chegarão ao Rio de Janeiro. Realizada pela primeira vez na Região Norte, a competição contou com a participação de cerca de 4 mil jovens talentos entre 15 e 17 anos na disputa de 13 modalidades (atletismo, basquete, ciclismo, futsal, ginástica rítmica, handebol, judô, luta olímpica, natação, tênis de mesa, vôlei, vôlei de praia, xadrez.
Para o diretor-geral dos Jogos, Edgar Hubner, o evento em Belém alcançou seus objetivos e demonstrou a força do esporte escolar nacional. “Cada vez mais escolas e estudantes participam das etapas municipais e estaduais. Com isso, a tendência é que as fases nacionais sejam cada vez mais fortes. Em Belém, vimos talentos começarem a despontar no cenário esportivo, mas o mais importante é percebermos que estamos dando oportunidade para um número cada vez maior de jovens se inserirem socialmente através do esporte”, disse Edgar, gerente de Juventude e Infraestrutura do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Organizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) desde 2005, em parceria com o Ministério do Esporte, a edição 2013 reuniram mais de seis mil participantes, entre atletas, treinadores, oficiais, voluntários, médicos, comitê organizador, etc. Ao todo, 1.251 escolas públicas e privadas representaram os 26 estados do país, mais o Distrito Federal e uma da cidade de Belém. Consideradas as fases seletivas, os números chegam a mais de dois milhões de atletas e cerca de 3.900 cidades participantes e consolidam o evento como o maior do País.
Se nos Jogos Olímpicos Londres 2012, o Time Brasil contou com 17 atletas que passaram pelos Jogos Escolares, a tendência é que as delegações dos Jogos Rio 2016 e Tóquio 2020 tenham ainda mais representantes revelados pela competição escolar. Alguns dos jovens que estiveram em Belém foram identificados e agora passam a fazer parte dos projetos das Confederações Olímpicas Brasileiras. No vôlei de praia, por exemplo, um grupo de 24 atletas (12 no masculino e 12 no feminino) foram convocados pela Confederação Brasileira de Voleibol para um período de treinamentos em Saquarema.
Além de integrar socialmente crianças de todo país por meio do esporte, os Jogos Escolares da Juventude também contribuem para a formação de milhares de jovens e revela ídolos nacionais do esporte, a exemplo da judoca Sarah Menezes, ouro nos Jogos Olímpicos Londres 2012 e tricampeã dos Jogos Escolares em 2004, 2005 e 2007. A piauiense foi uma das 10 embaixadoras do evento em Belém e transmitiu aos alunos-atletas suas experiências no esporte. “Fico honrada de ser um exemplo para as crianças. Comecei no esporte aos nove anos, abracei o esporte e fui ao topo da minha vida, após participar dos Jogos Escolares”, destacou Sarah Menezes.
Todas as atividades esportivas e culturais foram acompanhadas pelos Embaixadores dos Jogos Escolares da Juventude Belém 2013, grupo formado por atletas olímpicos e pan-americanos do Time Brasil, que representam o país em competições internacionais e agora passam a sua experiência para os mais jovens. Além de Sarah, os Embaixadores em Belém foram: Daiane dos Santos (ginástica artística), Vanderlei Cordeiro de Lima (atletismo), Agberto Guimarães (atletismo), Adriana Moisés Pinto – Adrianinha (basquete), Luciano Pagliarini (ciclismo), Angélica Kvieczynski (ginástica rítmica), Lígia Silva (tênis de mesa), Anderson Rodrigues (vôlei) e Pedro Cunha (vôlei de praia).
O evento contou ainda com a participação de observadores internacionais de 18 países de quatro continentes do mundo para conhecer todos os detalhes dos Jogos. Os observadores internacionais elogiaram o trabalho do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) à frente da organização da competição esportiva escolar mais importante do Brasil, que envolve mais de seis mil pessoas nesta edição nacional. Participaram desta edição do programa representantes de comitês olímpicos e entidades esportivas de 18 países: Cuba, Porto Rico, República Dominicana (América); África do Sul, Gana, Guiné Bissau, Lesoto, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa (África); Bahrein, Omã, Palestina (Ásia); Lituânia, Grã Bretanha, Holanda e Ucrânia (Europa).
"O Brasil tem um evento muito grande sério. Trabalhar com um evento esportivo no seio da escola é muito difícil e muito importante. Apesar de termos representantes da Europa no grupo de Observadores Internacionais, creio que o Brasil seja um exemplo de como desenvolver o esporte escolar na escola, em toda amplitude, em toda humanidade, apesar de a geografia não ajudar. O Brasil é um país muito grande, é muito difícil controlar todo o sistema. É um orgulho saber que vocês organizam e assumem um evento com tanta segurança no esporte escolar", elogiou o cubano Ramón Alejandro Aji Fariñas, que trabalha na organização do esporte escolar de seu país.
Fonte:
Ministério do Esporte
18/11/2013 17:24
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