Tarso diz que começa período-chave
Tarso diz que começa período-chave
Afirma que militância intensifica e dá ritmo à campanha porque acredita no projeto da Frente Popular
O candidato ao Palácio Piratini pela Frente Popular (PT-PCB-PC do B-PMN), Tarso Genro, afirmou ontem que agora irá iniciar o momento-chave da campanha, o de intensificar a mobilização dos militantes que já começaram a sair para as ruas. Ressaltou que os filiados e os simpatizantes do PT têm muita força e não são pagos. 'Por serem eleitores que acreditam em nosso projeto, eles trazem ritmo e intensidade para a campanha', enfatizou. Sobre as propagandas eleitorais gratuitas no rádio e na televisão, que começaram há dez dias, Tarso afirmou que está havendo prejuízo na apresentação de propostas. 'Tentamos enfatizar nosso projeto de governo para o Estado, mas temos sido muito atacados e precisamos nos defender', declarou.
Em relação ao possível 2O turno, o candidato avaliou que o esforço da Frente Popular vai ser para vencer ainda no dia 6 de outubro. Tarso ressaltou que a população sempre esteve presente nos governos do PT. Segundo o candidato, as transformações sociais necessárias não são tarefas para só um partido ou uma coligação. 'Cada vez mais, a sociedade civil organizada deve estar presente através de suas instituições e da participação nas instâncias democratizadoras criadas pelo governo, como o Orçamento Participativo, que envolve a decisão dos gaúchos e inverte prioridades, permitindo transparência na gestão pública', salientou.
Tarso acredita no fortalecimento da sociedade civil, com a reafirmação de um Estado ativo, que interfira no desenvolvimento social e econômico, buscando garantir crescimento econômico sustentável e equilibrado com adequada distribuição de renda e geração de emprego. Segundo ele, será possível garantir as liberdades individuais pela promoção da democracia e dos serviços sociais básicos que permitam a todos condições mínimas para o exercício da cidadania.
Emília e Paim reforçam união
Os petistas que disputam as duas vagas ao Senado estarão cada vez mais juntos na reta final da campanha. Prova disso é que Emília Fernandes, que busca a reeleição, e o deputado federal Paulo Paim estiveram lado a lado na passagem do candidato a vice de Luiz Inácio Lula da Silva, José Alencar, do PL, pelo Estado entre sexta-feira e este sábado. Emília projetou que a conquista da vaga exigirá este ano até 1,5 milhão de votos, ante os 1,16 milhão de sua vitória em 1994. 'O tempo de campanha é muito curto. Eu e Paim vamos estar juntos no máximo de eventos', disse a senadora. Ela reforçou a crítica à política econômica do governo federal, tachada de neoliberal, e a defesa dos direitos das mulheres. Os roteiros da senadora têm incluído encontros no interior do Estado e o corpo-a-corpo em portas de fábrica.
Paim investirá pesadamente na sua terra natal. O pólo metal-mecânico de Caxias do Sul, onde nasceu, será um dos alvos preferenciais do deputado, somado à região Metropolitana. O petista contabilizou 10 mil eleitores na principal cidade da serra gaúcha em 1998, quando garantiu o quarto mandato, com 214 mil votos. Paim já está em tempo integral no Rio Grande do Sul devido à suspensão das sessões na Câmara dos Deputados até 8 de outubro. No dia 11 de setembro, mil aposentados e pensionistas de todo o país farão ato em Porto Alegre para pedir votos ao parlamentar, especialista em projetos na área.
ACM inova na TV e vira super-herói
Antonio Carlos Magalhães, candidato ao Senado pelo PFL da Bahia, inovou este ano na campanha veiculada durante o horário eleitoral gratuito. Ele virou personagem do desenho animado 'Super ACM'. Usando luvas de boxe vermelhas, ACM saiu voando pelo céu da cidade como um super-herói, cuja missão principal é a de aniquilar corruptos.
Em outra vinheta, o candidato aparece ostentando as mesmas luvas, mas na realização de outra missão. Num passe de mágica, ACM transforma a imagem decadente do Pelourinho antigo numa mais recente do Centro Histórico baiano, totalmente recuperado. Outras vinhetas mostram a reforma do Teatro Castro Alves e de algumas das avenidas da cidade, benfeitorias realizadas durante o seu governo.
Agenda dos candidatos
DOMINGO
11 Celso Bernardi (PPB)
10h: Rondinha. 12h: Sarandi. 15h: Chapada. 18h: Carreata em Carazinho. 20h: Comício em Não-Me-Toque.
13 Tarso Genro (PT-PCB-PC do B-PMN)
11h: Rio Grande. 13h30min: Remanso. 18h: Comício em Canguçu. 20h: Showmício em Pelotas.
15 Germano Rigotto (PMDB-PSDB-PHS)
10h: Caminhada no Parque Marinha do Brasil. 15h: General Câmara. 20h: Comício em Canguçu.
22 Aroldo Medina (PL-PSD)
8h: Comício em Uruguaiana.
23 Antônio Britto (PPS-PFL-PT do B-PSL)
Acompanha roteiro de Ciro Gomes.
Amin entrega fita com apoio a Serra
O governador de Santa Catarina, Esperidião Amin, do PPB, irá enviar nesta segunda-feira fita de vídeo ao comando da campanha presidencial da aliança PSDB-PMDB, em que declara o seu voto a José Serra. O material será utilizado no horário gratuito de rádio e TV. Amin justificou que ainda não havia enviado a gravação porque foi acometido de forte gripe e não teve tempo.
Em campanha pelo interior do estado, Amin responsabilizou o PMDB pela situação financeira que herdou em 1998. Também acusou a oposição de arrancar placas de inauguração simbólica, relativas à não-implantação dos postos de pedágios porque o estado recorreu à Justiça. Amin disse que nenhuma obra será mais importante que isso.
Candidatos mostram resistência atrás de votos
Candidato ao governo come muita poeira, alimenta-se de acordo com a agenda e dorme pouco. O carro que cruza as estradas quase sempre vira cama. A 35 dias do 1O turno, os que disputam o Palácio Piratini correm contra o tempo e desafiam metas e estradas para conquistar votos. Celso Bernardi, que concorre pelo PPB, por exemplo, já soma 210 mil quilômetros em cima das rodovias e chão batido desde outubro passado em função das prévias. Com o percurso, poderia ter dado mais de cinco voltas ao redor da Terra. Como o aspirante a governador quer mesmo é conquistar o eleitor, faltam ainda 107 para vencer os 497 municípios gaúchos.
Tarso Genro, da Frente Popular, percorreu até o momento cerca de 60 mil quilômetros mais os 10 mil quilômetros feitos de avião. Visitou 220 municípios desde 12 de maio. O recorde do petista foi cumprir encontros em nove municípios num único dia.
Estrada de chão batido e temporal são sinônimos de pesadelo para o candidato Germano Rigotto, do PMDB, que fez a mesma marca de Tarso, 60 mil quilômetros e já cruzou por 251 municípios. Amortecedor quebrado e um pneu furado foram o saldo de uma de suas passagens por vias esburacadas. Difícil mesmo, segundo o peemedebista, é estar sempre bem disposto depois de dias dormindo apenas três ou quatro horas, quase sempre no banco reclinado do carro. 'Tomo guaraná em pó e vitamina C', contou Rigotto, que já discursou para eleitores de oito diferentes municípios num único dia e garantiu não ter trocado os nomes.
Caleb de Oliveira, do PSB, andou 10 mil quilômetros e passou por 40 cidades. Entre uma parada e outra, acha tempo para jogar xadrez num computador portátil no carro. A alegada escassez de recursos tem impedido o candidato do PPS de voar. Em campanhas passadas, Antônio Britto foi a todos os cantos do Estado. Neste ano, percorreu até agora 30 mil quilômetros e visitou 150 municípios. Prefeituras, fábricas, instituições beneficentes e abrigos são os seus principais destinos.
CIRO
O candidato da Frente Trabalhista à Presidência, Ciro Gomes, defendeu ontem que a reforma tributária ocorra somente após o resultado das eleições, dizendo ser c ontrário a remendos. Acrescentou que, se eleito, falará com o presidente Fernando Henrique Cardoso para tomar as providências necessárias à transição. Sobre o salário mínimo, Ciro disse que é possível reajustá-lo a 100 dólares. Segundo ele, a afirmação de que essa medida explodiria a Previdência é apenas em parte verdadeira. 'Se deduzirmos 10% da informalidade, aumentará a arrecadação', constatou.
CNBB critica tom agressivo do debate
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jayme Chemello, condenou sexta-feira o tom agressivo que tem dominado o debate político, envolvendo os candidatos à Presidência da República. A preocupação foi demonstrada também por outros 27 bispos que participaram da reunião da Comissão Episcopal de Pastoral na semana passada.
Durante os encontros também foram elogiadas as novas alianças firmadas entre os candidatos, como a realizada entre o PT e o PL em torno de Luiz Inácio Lula da Silva e o apoio do ex-presidente José Sarney. Na definição dos religiosos, essas alianças são chamadas de reconciliação. 'Buscamos esforço para a unidade do país', disse Chemello.
Itamar chama Ciro de indelicado
O governador de Minas Gerais, Itamar Franco, considerou 'indelicadeza' não ter sido consultado pelo presidenciável da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, sobre a inclusão de declarações suas no site oficial de campanha. Itamar aparece atacando o candidato José Serra, da aliança PSDB-PMDB, o que ganhou destaque na página de Ciro. O governador apóia o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. 'Em Minas, Itamar restabelece a verdade: José Serra nunca apoiou o Plano Real' foi a manchete de sexta-feira do endereço eletrônico, que disponibilizou aos internautas um arquivo de áudio com a fala do governador. 'Faltou um pouquinho de delicadeza da parte dele. Eu não uso nada do que eu sei dele sem pedir licença', reclamou Itamar. Disse que, se tivesse sido consultado, daria permissão à Frente Trabalhista porque falou 'a verdade, o que penso e sinto'.
LINGERIE
O presidente do PL do Rio, deputado Bispo Rodrigues, afirmou que poderá levar ao conselho de ética do partido a possibilidade de expulsão da candidata a deputada federal Marinara Costa. Ela foi impedida por Bispo de aparecer no programa eleitoral gratuito do dia 29 vestida com lingerie. Após a proibição, a modelo afirmou que poderá ir à Justiça para tentar liberar a exibição das imagens que simulam striptease. 'Ir para a TV com trajes íntimos é apelação. Acho um absurdo, que nada acrescenta ao debate político. No meu partido, ela não fará isso', disse Rodrigues.
Lula é visto como pragmático
Os elogios do candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à politica econômica e de planejamento a longo prazo no Brasil durante o regime militar foram recebidos com estranheza e satisfação por vários oficiais da ativa e da reserva. O ex-ministro do governo militar, coronel da reserva e ex-senador Jarbas Passarinho, com grande trânsito nos quartéis, traduziu o reconhecimento do candidato do PT como parte de seu projeto estratégico de moderação, em que procura o pragmatismo de resultados.
Segundo Passarinho, Lula faz valer o ditado que ouvia na época do PSD: 'O feio, em eleição, é perder'. Passarinho considera a postura do candidato do PT a nítida tentativa de aproximação com a categoria. Disse que 'está vendo boi voar', referindo-se aos apoios de Orestes Quércia e José Sarney a Lula.
Maratonas trazem momentos curiosos
Cada candidato ao governo do Estado e equipe acumulam histórias que alimentariam um curioso diário de viagem. Aroldo Medina, do PL, protagonizou um dos episódios mais hilários das maratonas. Viagem marcada para Farroupilha, reparou um dos assessores: 'Cadê o governador?'. Na correria, o candidato tinha sido esquecido. Atrás de votos, Germano Rigotto, do PMDB, e o motorista Juarez Liberato, 16 anos de parceria, quase ficaram na rua em plena madrugada. Os dois tinham reservas num hotel do interior do Estado, mas, como atrasaram a chegada, passava das 3h e as duas vagas tinham sido ocupadas.
Artigos
Um gigante acorda
Victor Faccioni
Entramos na Semana da Pátria, época do ano em que mais vezes se canta o Hino Nacional. Sua letra, quase centenária, lembra o 'gigante pela própria natureza... deitado eternamente em berço esplêndido', mas que, felizmente, dá auspiciosos sinais de estar acordando, qual 'impávido colosso', atraindo cada vez mais a atenção do mundo. Se a crise é grande e o abismo imenso, há a convicção também de que o Brasil é maior do que o próprio abismo. Basta congregar as energias do povo que este faz verdadeiros milagres, apesar de dizerem existir dois 'brasis': o rico e desenvolvido e o dos pobres e miseráveis. Essa comparação não é nova nem nossa. Em 1881, o ministro inglês Benjamim Disraeli falou de seu país: 'Somos duas nações que não se conhecem, convivendo sobre o mesmo território'. Depois, fomos rotulados como 'Belíndia', um país que ora lembra a Bélgica, ora a Índia.
Tal quadro não se justifica ao olharmos o desempenho atual da agricultura, pois, se a economia como um todo decresceu 0,73% em relação a 2001, a agricultura avançou 4,36%, dando um superávit de 19 bilhões de dólares. O gigante começa a acordar, a partir do campo, para onde devem dirigir especial atenção os futuros governantes. Eis por que, se priorizei as reformas e a educação, também lutei na Câmara dos Deputados pela agricultura, vendo nela setor pendente de apoio pela potencialidade na geração de empregos e divisas para o Rio Grande do Sul e o país.
Em recente artigo publicado no Clarín, de Buenos Aires, o Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz afirma: 'Nos últimos anos, o Brasil criou uma democracia vibrante, com uma economia forte. Existem diferenças de opinião, mas, nas questões fundamentais, prevalece amplo consenso entre os candidatos à próxima eleição presidencial de outubro'. Após analisar, em detalhes, outros aspectos da economia brasileira, Stiglitz conclui: 'O Brasil abriu para si um caminho próprio, sem base ideológica ou simplista, mas acreditando numa economia de mercado equilibrada e democrática'. Isso, dito por autoridade mundial tão expressiva, nos deixa eufóricos e animados a comemorar nossa Independência, dia 7, com muita fé em que depende de nós uma vida melhor para todos os brasileiros.
Colunistas
PANORAMA POLÍTICO - A. Burd
PRÓXIMA TAREFA
Por vários motivos, entre eles a força de obstrução da minoria na Câmara dos Deputados, a reforma da Previdência acabou quase intocada. Bastou ao governo revelar a dificuldade que cresceu ao longo de décadas para surgir consenso sobre a tarefa que caberá ao futuro Congresso. As distorções mais fortes surgiram com a Constituição de 1988. Houve a criação de benefícios sem prever fontes de receita para sustentá-los. Dos cerca de 20 milhões de beneficiários do regime geral do INSS, 6 milhões contribuíram para ter direito à aposentadoria. Os demais 14 milhões, inscritos na Previdência, não contribuíram e são beneficiários da assistência social. Não se lhes nega o direito. Falta saber como evitar que o rombo chegue ao insuportável.
É O SINAL
Os brasileiros que podem estão correndo para a previdência privada. Associação nacional do setor apontou crescimento superior a 30% no 1O semetre em relação ao mesmo período do ano passado.
GENTLEMAN
Na passagem pelo Estado, o senador José Alencar, vice na chapa de Lula, deixou uma de suas marcas: o de ser um político afável. Tem aos poucos derrubado resistências históricas enfrentadas pelo PT.
CONSELHO
O padrinho político de Rita Camata, candidata a vice na chapa de Serra, foi o deputado Ulysses Guimarães. Conheceu-a com 23 anos, como esposa do então governador do Espírito Santo, Gerson Camata. Na primeira visita a Vitória, Ulysses aconselhou: 'Siga a carreira de seu marido. Você leva jeito'. Não precisou falar duas vezes. Completará quatro mandatos de fiscalização e redação de projetos na Câmara dos Deputados.
QUALIDADE
Em visita à Expointer, José Serra interessou-se pelos ovinos da raça Texel. São originários da Holanda e se destacam pela qualidade da carne e adaptação às condições brasileiras. Foram introduzidos no Brasil, através do RS, há 30 anos.
ARRASTA-PÉ
Na festa do PMDB, sexta-feira, nos Imperadores do Samba, o candidato a vice-governador Antônio Hohlfeldt surpreendeu dançando vanerão. Aprendeu o ritmo gauchesco, conhecido como limpa-banco, no Centro Cultural 25 de Julho, do qual é conselheiro há 20 anos.
EFEITO XARÁ
Surpresa em São Paulo é a boa colocação de Ciro Moura, do pouco conhecido PTN, nas pesquisas ao governo do estado. Analistas atribuem à carona na candidatura de seu xará presidenciável Ciro Gomes.
DOS LEITORES
- Nora Eli Freitas: 'Os candidatos ao Planalto deveriam se concentrar no debate sobre as despesas da União. Graças à sua competência, a Receita Federal tem batido recordes de arrecadação nos últimos sete anos. Mesmo assim, não resolve'.
- José Andrade: 'Será que o norte-americano Farnsworth e o francês Barthélemy, inventores da televisão, imaginariam a grande influência que esses aparelhos teriam um dia nas eleições brasileiras?'.
- Vitor Zoel Trindade: 'Ainda não me decidi sobre os candidatos. É preciso, porém, reconhecer que os programas de TV revelaram um homem simples, de origem humilde, um técnico competente e político empolgado. Refiro-me a José Serra'.
- Celi Croaci: 'Que saudade que tenho dos postes da minha cidade, agora tomados por bandeirolas com propaganda que nada me dizem'.
APARTES
Das assessorias das campanhas às eleições ao governo saem nomes certos para 1O e 2O escalões. Por isso, agora, todo o esforço ainda é pouco.
Novo Código Civil entrará em vigor dentro de quatro meses e meio.
Presidente FHC: 'No Brasil, o Congresso é poderoso e os partidos não, o que torna a eleição quase pessoal'.
Vereador Adair Flores, de Carazinho, faz 2a troca neste mandato: do PDT foi ao PTB e agora para o PPS.
Conselho de políticos com larga quilometragem aos novatos: passem longe de maionese e tutu de feijão.
O que escrever sobre agourentos analistas estrangeiros de finanças? Quebraram a cara no Brasil é pouco.
Com as urnas eletrônicas, tem caído o índice de votos brancos e nulos.
Deu no jornal: 'Saá lidera pesquisas a presidente da Argentina'. O mesmo que ficou oito dias e saiu.
Em certo partido, a bandeira sacudida é a listrada de amarelo e vermelho. Aviso de cuidado, óleo na pista.
Editorial
UM CHAMADO AOS BRASILEIROS
A proximidade das eleições de outubro está fazendo com que os brasileiros incorporem a política ao seu cotidiano, sendo que muitos já decidiram seu candidato, outros estão observando e um outro contigente deverá integrar o pelotão dos que anulam o voto ou o colocam em branco na urna. Com estes últimos, cabe o diálogo acerca da tarefa de participar com responsabilidade do processo democrático.
O Brasil tem uma história comum com o restante dos países da América Latina, alternando períodos democráticos com regimes autoritários. A instabilidade do continente tem sido uma constante ao longo dos tempos. Após cada período de retorno à democracia, curar as feridas e administrar as seqüelas têm sido uma tarefa que exige sempre muita atenção por parte dos democratas, de modo a recompor nossa cultura social e política, fortalecendo valores positivos e restabelecendo esperanças sobre nosso futuro. A intervalos, vamos juntando nossos acertos e corrigindo nossos erros para encontrar saídas coletivas, de forma a preservar nosso contrato social, para usar uma categoria conceitual cunhada por Jean Jacques Rousseau.
Nosso país, após ter vivido duas décadas sob um regime autoritário, está, aos poucos, sedimentando o salutar hábito de submeter periodicamente seus governantes aos testes das urnas, ungindo-os com a chancela do voto popular. Não obstante nossa democracia ainda não ter encontrado o caminho da igualdade econômica, é preciso que se diga que preservar seus fundamentos é ainda o melhor caminho para que possamos avançar no rumo de uma nação mais próspera, com mais justiça social. A igualdade política que temos hoje é essencial para que a cidadania possa se expressar e influir nos destinos do país. Para tanto, é preciso participar dos momentos de decisão, como este, quando temos a possibilidade de escolher aqueles que vão nos representar nos parlamentos e nos executivos estaduais.
É hora de cada brasileiro comparecer ao seu local de votação e expressar sua vontade, fazendo disso um compromisso com seu país, exercendo livremente sua cidadania. É preciso que o voto seja um espelho de uma escolha consciente, sem ser nulo ou branco, pois a omissão será cobrada mais cedo ou mais tarde. Ir às urnas é ir ao encontro do Brasil que nos cabe construir.
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09/01/2002
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