Taxa de desemprego em abril é a menor para o mês desde 2002
A taxa de desocupação no mês de abril foi estimada em 6,4%, a menor taxa para um mês de abril desde a reformulação da Pesquisa Mensal de Emprego, em 2002, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação ao mês de março (6,5%), a taxa ficou praticamente estável durante o mês, com 1,5 milhão de pessoas de pessoas desocupadas. No entanto, frente a abril do ano passado, a taxa diminuiu 0,9 ponto percentual e a população desempregada caiu em 10,1%, o que indica que 173 mil pessoas conseguiram uma ocupação.
A população ocupada (22,3 milhões) ficou estável em comparação com março, mas entre os meses de abril do ano passado e de 2011, ocorreu elevação de 2,3% nessa estimativa, representando um adicional de 492 mil ocupados.
Na comparação com abril de 2010, houve aumento de 6,8% no total de ocupações com carteiras assinadas, representando um adicional de 686 mil postos de trabalho com carteira assinada. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (10,8 milhões) não apresentou variação significativa em relação a março.
O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.540,00) apresentou recuo de 1,8% na comparação mensal e aumento de 1,8% frente a abril do ano passado. A massa de rendimento real habitual (R$ 34,7 bilhões) ficou 1,7% abaixo da registrada em março e cresceu 4,3% em relação a abril de 2010. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 34,5 bilhões) estimada em março de 2011 decresceu 1,6% no mês e cresceu 4,1% no ano.
A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página do IBGE.
Regiões pesquisadas
Regionalmente, a taxa de desocupação não registrou variação significativa em nenhuma das regiões metropolitanas quando comparada com março de 2011. Frente a abril de 2010, foram registradas quedas em Recife (1,6 ponto percentual), no Rio de Janeiro (1,1 ponto percentual) e em Porto Alegre (0,8 ponto percentual) e estabilidade nas demais regiões.
Frente a abril do ano passado, o número de desocupados apresentou variação significativa nas Regiões Metropolitanas de Recife e do Rio de Janeiro, com quedas de 16,2% e 18,0%, respectivamente. Em relação a março último não se observou variação nessa estimativa em nenhuma das regiões pesquisadas.
Nível de ocupação fica em 53,4%
Considerando o nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) estimado em abril de 2011 em 53,4% no total das seis regiões, verificou-se que esta estimativa não variou em relação a março último, mas registrou elevação de 0,5 ponto percentual na comparação com abril de 2010.
Regionalmente, na comparação mensal, todas as regiões mantiveram estabilidade nesse indicador. Frente a abril de 2010, ocorreu variação significativa apenas em Porto Alegre (alta de 2,6 pontos percentuais).
Em um ano, rendimento médio aumenta em cinco das seis regiões
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores na análise regional, em relação a março caiu 4,1% em Recife, 0,6% em Belo Horizonte, 3,3% no Rio de Janeiro e 1,9% em São Paulo.
Por outro lado, houve crescimento de 3,0% em Salvador e de 0,6% em Porto Alegre. Na comparação com abril de 2010, houve crescimento em Recife, 6,3%, Salvador, 2,0%, Belo Horizonte, 5,8%, Rio de Janeiro, 4,3% e em Porto Alegre, 2,3%. Em São Paulo o rendimento apresentou queda de 1,0%.
Na classificação por grupamentos de atividade, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em relação a abril de 2010 foi no referente a Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (5,6%).
Na análise do rendimento domiciliar per capita, houve aumento de 3,3% em comparação com abril do ano anterior, com destaque para Belo Horizonte (10,5%).
Fonte:
IBGE
26/05/2011 15:23
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