TEBET: CPI É TEBET: CPI É ÚLTIMA ESPERANÇA PARA MÃES DE JUNDIAÍ



O presidente da CPI do Judiciário, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), disse nesta quarta-feira (dia 19) que o judiciário precisa apresentar alguma solução para o caso das adoções internacionais em Jundiaí. Para o senador, a falta de informações sobre a apuração de possíveis irregularidades nas adoções tem levado o desespero às mães dos menores adotados.- A CPI do Judiciário se constituiu na última trincheira de esperança para essas pessoas - advertiu o presidente da CPI.O deputado estadual Renato Simões (PT-SP), que depôs nesta quarta-feira, disse que o trabalho da CPI contribuiu para que as investigações no Tribunal de Justiça de São Paulo fossem agilizadas. "Temos informações que o Tribunal já prepara suas conclusões para poder dar satisfações à sociedade sobre o caso", comentou o deputado.De acordo com o relator da Comissão, senador Paulo Souto (PFL-BA), os depoimentos dados à CPI, indicando relações entre a promotoria da infância e adolescência e o juiz Luiz Beethoven Giffoni, levam à conclusão de que há um esquema engendrado para destituir o pátrio poder dos pais das crianças.- Se tirava o pátrio poder através de um sistema já engendrado, e para isso era usado o esquema da promotora Inês Bicudo para que o processo de adoção fosse rápido - comentou Paulo Souto.O relator acredita que as adoções irregulares são estimuladas pelas relações entre o Centro de Orientação ao Menor de Jundiaí (Comej) e órgãos internacionais. Ele defendeu que a CPI se dedique às ligações entre o Comej, a promotora e o juiz. "Temos que investigar à exaustão estas relações e a CPI tem instrumentos para verificar se existiu combinação para que as adoções fossem realizadas", frisou Paulo Souto.SIGILO BANCÁRIOA Comissão aprovou requerimento do vice-presidente da CPI, senador Carlos Wilson (PSDB-PE), propondo a quebra do sigilo bancário do Comej. O senador justificou a medida devido às suspeitas de recebimento de verbas de organismos internacionais dedicados a apoiar as adoções. De acordo com o depoimento do deputado Renato Simões, o Comej recebeu pelos menos R$ 135 mil de uma instituição italiana.

19/05/1999

Agência Senado


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