TEBET DEFENDE REDUÇÃO DO RECESSO PARLAMENTAR
A redução do tempo destinado ao recesso parlamentar, de 90 para 30 dias, foi defendida nesta segunda-feira (dia 10) pelo senador Ramez Tebet (PMDB-MS) ao relatar a dificuldade que encontrou para explicar a um grupo de universitários formandos de Mato Grosso do Sul, a importância da convocação extraordinária do Congresso Nacional. "Não consegui convencer os formandos da necessidade dessa convocação extraordinária, mesmo explicando didaticamente que a convocação foi feita pelo presidente da República e que não pode ser contestada pelos parlamentares", afirmou o senador.Ramez Tebet disse que não é dele a idéia de reduzir para 30 dias o recesso parlamentar, igualando ao período normal de férias de qualquer trabalhador, mas de alguns líderes partidários que estão estudando a proposta como meio de evitar as sucessivas convocações extraordinárias do Congresso, deixando-as restritas às situações de real urgência e necessidade. "Estamos em choque com a opinião pública brasileira", observou.O senador Roberto Saturnino (PSB-RJ) apoiou a defesa de Tebet e disse que a sociedade está em dúvida se as matérias da pauta da convocação não poderiam ter sido debatidas e votadas em período normal de funcionamento do Congresso. O senador destacou a necessidade de preservar o erário dos custos extraordinários de uma convocação e revelou que o recesso de três meses vem do início da República, quando havia grandes dificuldades de locomoção no país.Tebet ressaltou que os meios de transporte evoluíram juntamente com os meios de comunicação e que as dificuldades do passado não mais existem. O senador Arlindo Porto (PTB-MG) disse que quem opta pela vida pública não tem mais hora e a porta tem que estar sempre aberta para os cidadãos que representa. Porto também defendeu uma tomada de posição firme e coerente com os anseios da sociedade na redução do tempo de recesso parlamentar.
10/01/2000
Agência Senado
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