Técnicos do Ipem-SP falam a ceramistas sobre adequação à legislação
Encontro reuniu cerca de 50 proprietários de olarias da região de Rio Claro
Técnicos do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), autarquia vinculada à Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, levaram informações para um público de cerca de 30 donos de olarias reunidos na sede da Associação das Cerâmicas Vermelhas de Rio Claro e Região (Ascer).
O encontro, na última segunda-feira, 12, foi promovido a pedido da associação, em virtude da operação de fiscalização que o Ipem-SP realizou durante todo o mês de junho deste ano, em empresas de fabricação de elementos cerâmicos.
A chefe de divisão de produtos pré-medidos do Ipem-SP, Heline de Campos Coelho, explicou na palestra na sede da Ascer, como funciona a ação do instituto, e como o órgão atua quando o produto está irregular, desde a chegada do fiscal na fábrica, até a aplicação de multa, no intuito de proteger o cidadão contra a venda de elementos cerâmicos fora dos padrões.
O público entendeu bem a mensagem e achou importante a ação fiscalizatória, parabenizando o instituto por disponibilizar técnicos para a palestra. “Tanto nós que somos um órgão de defesa, quanto os fabricantes, todos querem oferecer o melhor para o consumidor. A maioria das empresas de Rio Claro é composta por olarias. São firmas pequenas, artesanais, e afirmaram desconhecer a legislação”, relata Heline de Campos.
Os detalhes da portaria 127, de 29 de junho de 2005, que está disponível no site do Inmetro, foram descritos pela técnica do Ipem. “Os produtos devem estar com as dimensões corretas marcadas no bloco cerâmico e têm que atender à padronização quantitativa em vigor”.
Também representou o Ipem-SP o técnico do Centro Tecnológico Alexandre Sobral, que ofereceu um panorama geral do que é avaliação da conformidade, atendo-se à idéia de certificação, que pode ser considerado um sinônimo. Ele explicou que embora a certificação de blocos cerâmicos para alvenaria seja voluntária, a adequação dos produtos às normas é uma obrigação estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor.
No intuito de melhorar a qualidade dos blocos cerâmicos produzidos no Brasil, o Inmetro baixou a portaria n° 13, de 2006, que determina que esses produtos podem ser certificados voluntariamente, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC).
A concessão da certificação consiste no ensaio para determinar as características geométricas, resistência à compressão e índice de absorção da água.
“Tudo isso agrega valor de mercado ao produto. Algo que foi muito bem recebido pelos empresários, assim como a necessidade de se colocar na outra ponta da linha, que é o consumidor”, resumiu Alexandre Sobral.
João de barro
Na operação, chamada de “João de Barro”, 221 empresas do Estado foram visitadas e 144 ou 65,16% estavam em desacordo com a portaria Inmetro 127, que estabelece as condições de comercialização de componentes cerâmicos: canaletas, tijolos maciços, blocos cerâmicos e elementos vazados.
No total 354 produtos foram fiscalizados e 97 não tinham indicação quantitativa alguma. Outros 76, a grande maioria bloco cerâmico, foram reprovados por apresentar erros nas medidas em relação ao indicado. Dos 254 que possuíam indicação quantitativa, cinco também foram reprovados por estarem fora da padronização ou sem marca ou ainda com a grafia incorreta.
O problema da falta de indicação da largura, altura e comprimento, que deve vir gravado em uma das faces do componente cerâmico, seguido do nome/e ou marca do fabricante, ocorreu com a grande maioria das empresas fiscalizadas em Rio Claro. Os lotes dos produtos tiveram então a comercialização proibida.
Dúvidas, sugestões ou reclamações sobre este e outros assuntos do Ipem-SP podem ser feitas pelo telefone da ouvidoria: 0800 - 0130522, de segunda a sexta, das 8h às 17h, ou por meio do e-mail [email protected]
No site www.ipem.sp.gov.br, além de informações sobre toda a legislação metrológica e da qualidade vigentes no país, estatísticas de fiscalização, orientações ao cidadão e empresários, o interessado pode levantar detalhes das ações diárias do instituto.
Do Ipem-SP
(I.P.)
11/14/2007
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