Tecnologia: IPT conta com novo laboratório de partículas



Laboratório amplia apoio tecnológico à indústria de fármacos e alimentos

Novas instalações do Laboratório de Tecnologia de Partículas do IPT inauguradas em dezembro (16) ampliam apoio tecnológico à indústria de fármacos e alimentos.

Em dezembro (16) aconteceu no IPT a cerimônia de inauguração das novas instalações do Laboratório de Tecnologia de Partículas. Ocupando uma área de 912m2, o laboratório é composto por equipamentos obtidos através de projetos financiados por órgãos de fomento federais e estaduais, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de São Paulo (CNPq), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Atua no desenvolvimento e melhoria de processos onde propriedades das partículas sólidas possam ser modificadas e controladas, a partir de processos de cristalização, precipitação, microencapsulação e secagem por spray-drying.

Cerca de 70% dos produtos industrializados são produzidos na forma sólida. Problemas frequentemente encontrados como qualidade pouco satisfatória, baixos rendimentos materiais e/ou energéticos e confiabilidade aleatória das instalações industriais são problemas tecnológicos cujas soluções são muitas vezes desconhecidas devido ao comportamento complexo de partículas sólidas. O domínio da Tecnologia de Partículas ainda demanda muita pesquisa técnico-científica e o IPT, na última década, tem concentrado esforços alocando e capacitando recursos humanos nessa área. Exemplo de aplicação da tecnologia do laboratório é a determinação da quantidade ótima de aditivos em uma formulação líquida (cosmético, pesticida, fármaco). “Hoje, o domínio da Tecnologia de Partículas é um dos parâmetros-chave na capacidade de agregar maior valor a produtos sólidos particulados”, declara Maria Inês Ré, pesquisadora do IPT. “O Laboratório está se preparando nesse momento para, através de sua infra-estrutura laboratorial ampliada, incrementar o suporte ao estágio de síntese e caracterização físico-química de partículas e seu apoio tecnológico aos setores industriais”.

Histórico do laboratório

Inaugurado com 600 m2 no final de 1999 com verba da Fapesp para sua infra-estrutura, recebeu em 2002, da mesma instituição, verba adicional de projeto temático Fapesp para ocupação de mais 300 m2. Desde então, vem recebendo novos equipamentos com recursos da Fapesp e do CNPq. Nesse ano de 2005, recebeu investimento da Finep para renovação de parte de área interna precariamente ocupada e equipamentos multi-usuários e apoiarão projetos de 6 programas de pós-graduação (12 doutorados e 10 mestrado), em parte, desenvolvidos nesse laboratório, além de 4 projetos de pós-doutorado. Em projeto recém-aprovado CNPq, o laboratório está recebendo outros equipamentos destinados à caracterização de sólidos.

Foram reformadas as subunidades S1 a S3, de síntese de partículas, que estavam em condições precárias de ocupação e funcionamento (necessidade de instalação de bancadas e sistemas de controle de temperatura ambiente e exaustão de gases e troca de piso). As subunidades S4, S8 e S9, de síntese de partículas, conformação de sólidos e recuperação e destilação de solventes, também requeriam instalação de capelas, aumento de bancadas e readequação do espaço interno para acomodação de novas instalações experimentais para pesquisa, o que foi contemplado nessa última reforma. “A nova infra-estrutura laboratorial representa um avanço na abordagem do tema Tecnologia de Partículas, porque reforça a possibilidade de uma análise fenomenológica dos mecanismos de formação de partículas sólidas ou de conformação (transformação) dessas partículas, em contato com meio líquido, melhor compreensão do comportamento de partículas e

12/20/2005


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