Tecnologia marinha é tema de simpósio no Rio de Janeiro
A ciência para o mar é vital para a questão da soberania nacional, assim como os programas nuclear e espacial. A declaração foi feita, nesta quarta-feira (25), pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, durante a abertura do 3º simpósio de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, no Rio de Janeiro.
O evento, cujo tema é “A fronteira do conhecimento para a conquista do mar”, acontece até a sexta-feira (27), na Expansão do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). A expectativa é a de que até mil pessoas participem do evento, que reúne representantes da academia, instituições civis, militares e empresas.
O objetivo do encontro é aprofundar os debates sobre as áreas de conhecimento ligadas às ciências do mar, apresentar o desenvolvimento científico e tecnológico no segmento e assegurar as riquezas de um imenso espaço oceânico, chamado pela Marinha brasileira de a “Amazônia Azul”, para as futuras gerações de brasileiros.
No evento, o ministro Marco Antonio Raupp, também destacou algumas ações para a promoção da biodiversidade e o desenvolvimento regional sustentável, dentre elas, a aquisição do navio de pesquisa hidroceanográfica, em parceria com a Marinha, a Petrobras e a companhia Vale. A embarcação irá ampliar a presença da ciência brasileira no Atlântico Sul e Tropical. O navio está sendo construído na China, que detém a expertise em embarcações do tipo offshore (com capacidade para navegar em alto mar). A previsão é a de que o projeto esteja concluído até o segundo semestre de 2014.
“Temos como premissa a sustentabilidade da biodiversidade tanto da Amazônia quando do mar, portanto, a ciência e a tecnologia são os instrumentos que dispomos para usufruir dos recursos naturais sem destruí-los. Não queremos perder recursos naturais, mas sim, utilizá-los permanentemente”, declarou Raupp.
A criação do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh), também foi tema no simpósio. A iniciativa prevê uma série de ações de interesse nacional em áreas específicas do conhecimento, como a conservação da biodiversidade marinha, a melhoria de processos associados à pesca, aquicultura e maricultura, bioprospecção, proteção e adaptação de zonas costeiras para as mudanças climáticas, realização de estudos sobre vias fluviais, hidráulica fluvial e portuária, além de formação de recursos humanos na área de hidroceanografia.
Realidade
Atualmente as nações têm voltado suas atenções para o potencial do mar em termos de recursos naturais. O potencial científico e tecnológico deve estar sempre em referência quando o assunto é buscar mais conhecimento. Isto deve ser fortalecida nos ambientes acadêmicos, nos centros de pesquisa, nas fundações de amparo à pesquisa, nas federações das indústrias e comércio e em todos os outros segmentos ligados ao desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico do País.
Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
26/09/2013 18:08
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