Temas da CPI da Segurança alimentam o debate de plenário



O deputado Ronaldo Zülke (PT) denunciou o rompimento de um acordo que teria sido feito entre os deputados integrantes da CPI para que fosse retirado de uma fita gravada o nome de uma pessoa já falecida e que “pertencia a um dos partidos que combatem o governo”. Disse que, feito e cumprido o acordo por parte da bancada do governo, agora os partidos da oposição estão “chamando a depor na CPI a memória de um militante metalúrgico também morto”. “Denuncio a posição antiética daqueles que aprovaram na CPI essa convocação, na tentativa de mascarar a imagem de um metalúrgico lutador”. A deputada Jussara Cony (PC do B) classificou os últimos episódios da CPI da Segurança Pública como fruto do “desespero dos que estão se prestando por interesses políticos, por questão de sobrevivência política e eleitoral”. Citou uma frase formulada por um homem do povo, em recente viagem que realizou a Ijuí, segundo a qual “o coice mais perigoso da vaca é quando ela está morrendo, porque é o coice do desespero, da morte e do fim”, argumentando que se trata da “morte de um projeto que historicamente essas forças sustentaram e que não terá mais vez no Estado e no País a partir de 2002.” O deputado Mario Bernd (PPS) disse que o Rio Grande do Sul ficou escandalizado com as revelações contidas na fita e que, na sua opinião, deixam o “Partido dos Trabalhadores absolutamente enlameado por conter um diálogo de seus militantes”. Na sua opinião o erro do PT começou no episódio anterior quando tratou o tesoureiro do partido que roubou como um companheiro. "Foi o PT que possibilitou que essa onda de ataques continuasse porque o senhor Jairo, que roubou do PT, não teve por parte do partido o tratamento daqueles que se sentem roubados, isto é, vão na polícia e dão queixa”. Em vez disso, argumentou que o PT preferiu fazer um acordo. “Chamou o senhor Jairo, mandou-o desmentir e assinar uma promissória que, aliás, até hoje não sabemos se foi resgatada e com que dinheiro foi resgatada”.Na opinião do parlamentar o envolvimento do PT não é mais um assunto de militantes do partido; é um assunto de polícia e que interessa ao Brasil”. O deputado Elvino Bohn Gass (PT) afirmou que o Partido dos Trabalhadores não aceita a sua execração, vinculando o governo Olívio Dutra e o próprio governador com questões que não podem ser vinculadas. Disse que não aceita, também, que a avaliação da campanha eleitoral e a aquisição da sede partidária seja feita de forma unilateral. Por isso quer que a mesma avaliação seja feita em relação às campanhas de todos os partidos políticos. Diante disso, anunciou que a bancada do PT decidiu solicitar a instalação de uma CPI para analisar o financiamento de todas as campanhas eleitorais.


10/31/2001


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