Teotônio diz que governo petista é incoerente
O senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) criticou a posição do governo federal em relação à questão do salário mínimo, cobrando coerência dos integrantes do governo que, segundo observou, sempre reivindicaram elevações reais para o piso salarial antes de ocuparem o poder Executivo. Ele disse que o valor do salário mínimo atual, de R$ 240, não é suficiente para comprar uma cesta básica, informando que o valor necessário para tanto deveria ser de R$ 294,46.
- O valor do mínimo no governo petista involuiu e retrocedeu em relação ao governo dos tucanos. Os integrantes do PT quiseram dominar durante anos o monopólio da preocupação social e hoje detêm apenas o monopólio da incoerência - afirmou Teotônio, lembrando que no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso o patamar salarial recebeu ganhos reais médios anuais de 5% em relação à cesta básica. No último reajuste concedido ao mínimo no governo passado, pontuou ele, o salário já comprava 151% de uma cesta básica
Para o senador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perde autoridade moral ao participar de fóruns internacionais defendendo o combate à fome quando, internamente, impõe aos brasileiros um retrocesso para o piso nacional.
- Garantir a segurança alimentar dos brasileiros, estabelecendo para eles pelo menos o mesmo poder de compra da cesta básica do governo passado, deveria ser o critério básico e fundamental por parte de um governo que elegeu o combate à fome como passaporte para a mídia nacional e internacional - cobrou o parlamentar.
O senador do PSDB citou também discursos feitos no passado pelo atual líder do governo, senador Aloízio Mercadante (SP), em que este, segundo Teotônio, garantia existirem outras formas de o governo da época limitar o impacto fiscal do aumento do salário mínimo.
- O senador Mercadante continua hoje, com absoluta certeza, com a mesma sensibilidade e a mesma preocupação social que o levaram a emitir tais opiniões, que dificilmente hoje ele terá que sustentar - avaliou o orador, pedindo que o governo petista aplique o mesmo critério do governo anterior, de ganhos reais mínimos anuais ao piso salarial da ordem de 5%.
13/06/2003
Agência Senado
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