Tião Viana analisa expectativas sobre taxa básica de juros
O líder do PT no Senado, Tião Viana (AC), analisou nesta segunda-feira as -expectativas e reivindicações- em torno da trajetória da taxa básica de juros (Selic), fixada em 26,5% ao ano. Na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o parlamentar procurou reafirmar os compromissos do governo Luiz Inácio Lula da Silva com a retomada do crescimento econômico e a geração de empregos.
Tião Viana ponderou, entretanto, que a atitude do governo frente à taxa de juros será pautada pelo equilíbrio e pela cautela, de forma a evitar decisões apressadas que pareçam -imprudência ou afronta- ou decisões lentas que passem a impressão de terem sido tomadas por -medo ou omissão-.
- Diz o adágio popular que -com paciência e jeito, tudo é bem feito- - afirmou, dizendo-se -convicto de que a rota traçada por nosso timoneiro (o presidente Lula) é correta-. Conforme ressalvou, um país com baixos indicadores de poupança interna; um passivo internacional de US$ 400 bilhões, uma dívida interna de cerca de R$ 622 bilhões e que não se destaca como pólo de formação de poder científico/ideológico -não pode ser arrogante-.
- Não se cutucam onças com varas curtas - advertiu Tião Viana. Esse alerta justifica-se principalmente, conforme assinalou, quando os Estados Unidos, a Europa e o Japão, -epicentros da economia-, demonstram dificuldades para conduzir um ciclo virtuoso sustentável que permita -arroubos de generosidade- com os países emergentes.
Essa postura cautelosa não se confunde, segundo Tião Viana, com submissão:
- Cumpriremos nossas tarefas com o objetivo de realizar mais justiça social, buscando domar as pressões sistêmicas do dinheiro e articulando essa obra com a liberdade de manifestação que conduza ao consenso ou ao entendimento.
O líder petista fez questão de deixar claro que as demandas sociais do país só podem e serão resolvidas nos marcos do Estado Democrático de Direito.
16/06/2003
Agência Senado
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