Tião Viana defende atitude de Lula no encontro com MST
O líder do bloco de apoio ao governo, senador Tião Viana (PT-AC), defendeu nesta sexta-feira (4) a atitude do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter colocado na cabeça, durante encontro com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Palácio do Planalto, na última quarta-feira (2), um boné vermelho com o símbolo do MST.
- Não podíamos chegar com aparato repressor ou ameaçador. Nada melhor que a mão estendida ao diálogo e a apresentação do ordenamento jurídico como peça imprescindível no relacionamento entre as partes - afirmou.
Tião Viana disse que vê com naturalidade -a preocupação, a apreensão e o horizonte até negativo- com que os representantes da oposição estão vendo a conjuntura brasileira. Mas recordou os indicadores positivos que vêm sendo obtidos pelo governo, como a queda da relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB), a tendência de queda dos juros reais da economia e a oferta de crédito à população de baixa renda, com repasses de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao microcrédito e o financiamento de 10 mil microtomadores pela Caixa Econômica Federal.
O senador listou outras ações do governo, como os R$ 32 bilhões destinados à agricultura, a adoção do seguro-safra de R$ 5 bilhões e o dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2004 que impede o contingenciamento de recursos para saúde, educação, política de segurança alimentar, ciência e tecnologia e custeio das Forças Armadas. -São ações importantes para mostrar os acertos das decisões do governo para transformar o país-, afirmou. Na questão agrária, o líder disse que o presidente da República dispensa aos trabalhadores rurais o mesmo tratamento que dá aos produtores agropecuários.
- O presidente não poderia olhar, como estadista e democrata que é, para um setor que espelha a angústia de uma dívida de 500 anos das elites com a reforma agrária. O Brasil é o país mais injusto nesse campo da reforma agrária. O caminho de diálogo e respeito ao MST foi o melhor para abreviarmos uma solução que querem o governo, o setor lúcido do MST e os produtores rurais que não são favoráveis à milícia armada - disse Tião Viana.
04/07/2003
Agência Senado
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