Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após inauguação do Infocentro de Vila N



Parte I

Parte I Infocentro Alckmin: ...a previsão é de 60 unidades do Infocentro na Capital e outras 60 no Interior, 120 ao todo, sempre feito em parceria com uma associação comunitária, como essa aqui na periferia. Os monitores são treinados na Escola do Futuro, na USP, e ensinam informática para a juventude, a terceira idade, quem quiser; a informática possibilita o o acesso à internet e a gente vai vendo também, como essa moça aqui, que tem muitos jovens que conseguem fazer alguma coisa. Então eles vão poder ampliar muito os estudos, acesso ao trabalho, conhecimento e empregabilidade. Hoje qualquer emprego que você vai tentar conseguir, a primeira pergunta é se sabe trabalhar com computador. Pergunta: Quanto custa um centro deste? Alckmin: Esse aqui custou R$ 41 mil. São dez computadores e o servidor. Daqui para frente a comunidade e os monitores conseguem tomar conta. Os monitores são treinamos na Escola de Futuro da USP. Polícia Pergunta: Governador, as Polícias Civil e Militar fazem hoje um ato ecumênico, aguardando a possibilidade de um aumento. Como andam as negociações? Alckmin: Olha, o secretário de Segurança Pública do Estado recebeu as entidades da Polícia Civil e Militar, ontem. O presidente da Associação dos Cabos e Soldados, cabo Wilson, entregou uma proposta de possibilidade de reajuste e nós estamos trabalhando. Segunda-feira mesmo eu estava em reunião até às onze e meia da noite. O nosso problema é que o cobertor é curto, então é difícil. Então, se você der aumento só para o pessoal da ativa, der um pouquinho mais, aí os inativos ficam de fora. Então, inclui os inativos. Diminui um pouco o valor, então é um cobertor curto, uma dificuldade. Mas nós estamos fazendo um grande esforço para verificar o que é possível fazer para ajudar um pouco e vamos analisar a proposta que chegou ontem da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar. Pergunta: O que é essa proposta? Alckmin: Eu acabei de ver agora no carro e ela é complexa. Pergunta: A polícia tem se esforçado, não é? Alckmin: A polícia está de parabéns, está cada vez mais profissional, com muita disciplina e trabalho. Ainda hoje os principais jornais de São Paulo trazem três vitórias da polícia. A polícia está trabalhando, está melhor equipada, com carros novos, uniformes, colete à prova de bala, que antes não tinha. Ontem mesmo estive em Santos, entregando mais resgate para o Corpo de Bombeiros, mais Delegacia Móvel, Van Descaracterizada para a investigação na Polícia Civil. Estive em Ribeirão Preto, na semana passada, entregando mais Bases Comunitárias Móveis para a Polícia Militar. Então a polícia está bem mais estruturada, fazendo um trabalho melhor. Pergunta: (inaudível) - sobre convênio do Cepetran com a Prefeitura Alckmin: O secretário da Segurança Pública vai conversar com a Prefeitura, nada abrupto, nem unilateral. Agora, você tem 2.700 policiais militares nessa questão do trânsito, se não todos, mas pelo menos uma boa parte você poderia liberar para reforçar o policiamento ostensivo na cidade de São Paulo e, no lugar, colocar pessoal civil. Mas isso está sendo conversado com a Secretaria de Transportes do Município. Pergunta: (inaudível) Alckmin: Eu acho que o plano veio tarde, na realidade esse problema da segurança é grave e antigo, o que precisa é ser implementado. Até que em relação à área federal, nós temos parcerias boas. A última delas foi para a construção de onze penitenciárias, nove fechadas e dois Centros de Progressão Penitenciária, e o Governo Federal está participando, já liberou R$ 35 milhões, de um total de R$ 50 milhões. Pergunta: Falta agilidade? Alckmin: Eu acho que o importante é tirar as coisas do papel e fazer as coisas acontecerem. Então se o plano todo for implementado, nós vamos estar avançando. Pergunta: O senhor acha viável a reposição salarial que os policiais estão pedindo? Alckmin: É sempre natural que as categorias peçam o percentual máximo que eles acham que podem conseguir. O Governo, por outro lado, tem um orçamento limitado e a lei de responsabilidade fiscal que deve cumprir. Esse é o nosso problema: o cobertor é curto. O ano passado nós demos uma gratificação para a Polícia de R$ 100, mas não foi dada para os inativos. Quando você estuda uma forma de reajuste, você tenta incluir os inativos, aposentados, pensionistas, aí você aumenta a despesa. Tudo isso está sendo estudado, inclusive a última proposta que foi entregue ontem pela Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar. Pergunta: Há possibilidade de greve? Alckmin: Eu espero que não, porque o Governo está negociando. Nós estamos buscando critérios justos para poder atender os servidores e conversando com todos. Já conversamos com a Habitação, com a Saúde... Nossa Caixa Pergunta: O executivo acionou um rolo compressor na Assembléia para aprovar o projeto da Nossa Caixa? Alckmin: Não é rolo compressor, é votação. Aliás, nós tivemos antes o cuidado de mandar o Projeto de Lei, convidar o Presidente da Assembléia Legislativa e os líderes de todos os partidos políticos para uma apresentação no Palácio dos Bandeirantes. O secretário da Fazenda fez uma apresentação, assim como o Presidente da Nossa Caixa. Procuramos responder todas as questões. Depois eles foram à audiência pública da Nossa Caixa. Agora, é claro, que o Governo tem uma proposta que quer ver implementada. É um banco público, ninguém vai privatizar a Nossa Caixa, mas é importante abrir o capital, fazer uma venda pulverizada, democratizar o capital. Todos os dias vemos notícias de fusão de Bancos. A Nossa Caixa precisa ter competitividade e, para isso, precisa ter subsidiarias integrais com parceira. Essa é a proposta, aliás, elogiada pela maioria dos editorialistas de economia. São Paulo pode dar um exemplo para o Brasil, de um banco público, profissionalizado, saneado financeiramente, competitivo, e que vai crescer. Pergunta: Mas a tramitação desse projeto não está um pouco apressada, atropelando inclusive outros projetos considerados importantes? Alckmin: Nós temos urgência, aliás, nós mandamos com pedido de urgência e queremos que seja aprovado para poder ser implementado. Esse é um estudo que já vem há uma longo tempo e pode ser um modelo para o Brasil. Um banco público cumprindo sua função social, um papel importante no financiamento de custeio agrícola, atendendo municípios pequenos... atendendo o pequeno empreendedor, enfim, uma série de funções importantes. Pergunta: a oposição na Assembléia diz que o Estado quer fazer caixa com essa venda para acionar a máquina administrativa em favor de qualquer que seja o candidato o ano que vem. Como o senhor responde a essa crítica? Alckmin: É difícil a oposição elogiar qualquer atitude que parta do Governo, mas a oposição podia ter argumentos mais sólidos. Isso não é um argumento de mérito. Argumento de mérito seria se tivesse conteúdo, dizer, olha a proposta não é boa, o que deve é privatizar o Banco. Para que o governo ter Banco? Por que ter controle estatal? Agora, qual é a crítica? Isso não é um argumento de mérito, isso é um argumento político. Pergunta: Mas a oposição também argumenta que falta crítica de mérito, porque o Governo não quer discutir a proposta. Alckmin: A proposta, nós estamos discutindo há muito tempo. Olha, o Governo não quer privatizar a Nossa Caixa; vai manter o controle estatal do Banco, mas quer abrir o capital do Banco e criar sete subsidiárias integrais. Você já imaginou ter um Banco que, para ter cartão de crédito, tem de abrir concorrência pública, Lei 8.666? Como é que você vai competir no mercado? O Governo quer que o Banco cresça e dispute o mercado como um dos maiores Bancos do Pais. Pergunta: Quais serão os próximos passos? Alckmin: Você tem vários passos a serem tomados, mas só depois de aprovada a Lei. Você tem de contratar modelagem para poder fazer a venda pulverizada de ações, ter registro na CVN, abertura de capital do Banco, criação das subsidiárias integrais. Você vai ter uma subsidiária integral de seguro, de previdência privada, de cartão

06/20/2001


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