Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após lançamento dos Programas Pura e Re
Parte I
Parte I Reuso da água Pergunta: Que órgão do Estado vai economizar esses 20% de água nesse programa de uso racional? Alckmin: São várias medidas que hoje são tomadas. Uma medida é interna, para o Governo. Quer dizer, um decreto que reduz em 20% o consumo de água nas repartições públicas, autarquias, fundações, empresas. Então, é para o próprio Governo. A segunda medida é o Pura ou seja, é o Programa de Utilização Racional da Água, que é feito por empresas. Você vai, empresa por empresa, mostrando a maneira de poder ter uma utilização mais racional. Portanto, gasta menos. E a terceira, aqui em São Caetano do Sul, é o reuso da água ou seja, a prefeitura gasta água para lavar rua, depois da feira, para poder irrigar os seus jardins, e não tem sentido usar água tratada, com cloro e o flúor, e ainda ter o problema de falta d'água nesta época de estiagem. O reuso da água vai possibilitar que os efluentes da estação de tratamento de esgoto, aquela água que ia ser jogada no rio, que ela possa ser reutilizada no município. Esse exemplo de São Caetano a gente pode levar à todas as demais prefeituras da Região Metropolitana de São Paulo. A prefeitura vai economizar dinheiro, porque ao invés de pagar R$ 0,58 paga R$ 0,30 e a Sabesp vai gastar menos água tratada. Se a gente fizer um esforço, de repente não há problema de racionamento, aqui em São Paulo, no caso da água. Pergunta: (inaudível)... afirma que a Sabesp desperdiça 20% da água do nível acima do aceito pelos... (inaudível). Como este programa pode ser efetivo se a própria Sabesp perde 20% de água? Alckmin: Em todo o sistema de água do mundo você tem alguma perda por mais tecnologia que você coloque, por mais que você invista. Por quê? Porque você tem cano que arrebenta, você tem problema de pressão. Na Sabesp isso já foi até mais de 30%. Hoje dá menos de 20% e a idéia é se reduzir ainda mais. Agora, em todo lugar do mundo, mesmo na Europa, em países de primeiro mundo, você tem uma perda física de água em relação ao sistema. Pergunta: Como o senhor acha que daria para implantar esse tipo de projeto na cidade de São Paulo? Alckmin: Olha isso depende da Prefeitura. Acho que dá para imediatamente ser feito. Nós temos estações de tratamento de esgoto. Essas estações, depois de tratada, a água pode ser reutilizada para as chamadas ações secundárias. Você não pode utilizar para consumo humano, mas você pode utilizar para lavar rua, para irrigação, ela tem vários tipos de utilização. Pergunta: O Governo tem capacidade para captar esse esgoto de várias cidades? A cidade que quiser, o Governo está capacitado para captar este esgoto e depois transformar esta água reutilizada? Alckmin: Veja bem, as estações de tratamento de esgoto estão espalhadas aqui na Região Metropolitana. Você tem aqui no ABC, na Zona Leste, em São Miguel, no Parque Novo Mundo, na outra margem do Rio Tietê, em Barueri, na Zona Oeste. Você tem várias dessas estações em que podem sim ocorrer o reuso da água. Violência Pergunta: Governador, a Polícia de São Paulo está recebendo algum tipo de ajuda da Polícia do Rio de Janeiro? Alckmin: Eu não tenho essa informação. Pergunta: A pergunta é a seguinte: o governador Garotinho falou agora há pouco em São Paulo. Ele foi questionado sobre o aumento da violência no Rio e devolveu dizendo que ele está ajudando e ensinando a Polícia de São Paulo a melhorar e a proteger o cidadão paulistano. Alckmin: Olha, eu não tenho essa informação. Se tiver alguma coisa boa, que possa ser utilizada... Isto está me parecendo conversa de pescador. Quer dizer eu acho que.... Pergunta: Vamos mudar de assunto, governador. Como fica a situação da CESP? Alckmin: Mas antes a questão da segurança pública. Eu não tenho nenhuma informação de que a Polícia do Rio de Janeiro esteja passando alguma coisa para São Paulo. Eu acho que na realidade este problema da violência é um problema muito sério. Ele é hoje do País inteiro. É mais do que isso: é latino americano. É mais grave nos grandes centros e isso vai se resolver com medidas efetivas. Como São Paulo está fazendo. Integração maior das duas polícias, Civil e Militar. Polícia mais bem equipada. A Polícia de São Paulo é a que mais prende no Brasil. Aliás, há um dado interessante comparativamente ao Rio de Janeiro. Nos últimos seis anos nós prendemos 40 mil pessoas em conflito com a lei. A população carcerária do Rio de Janeiro é de 26 mil. Aqui se prendeu em seis anos toda a população carcerária do Rio mais 50%. Sinal que a Polícia está trabalhando. O sistema penitenciário de São Paulo está sendo todo ele remodelado. Construção de novas penitenciárias, construção de penitenciárias máximas. O preso vai trabalhar nas penitenciárias e cada três dias de trabalho reduz um dia de pena. Centros de Ressocialização, Centros de Progressão Penitenciária. E as penas alternativas também vão ser implantadas. Leia também: Parte IITrechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin, após inauguração do Zôo Safári
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