Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin concedida nesta quarta-feira, dia 11, a



Parte 1

Seguem trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin concedida nesta quarta-feira, dia 11, no Palácio dos Bandeirantes, após a visita do presidente da Eslováquia, Rudolf Schuster: Parte 1 Pergunta: (inaudível) sobre visita do presidente da Eslováquia. Alckmin: O presidente Schuster é um apaixonado pelo Brasil, aliás nos deu de presente um livro de sua autoria. O pai dele, na década de 20, fez uma expedição ao Brasil, foi à Amazônia, ao Pantanal e fez um livro e um filme sobre o Brasil. Ele tem na casa dele um museu de questões indígenas e do Brasil. Em 1991, o presidente fez uma expedição ao Brasil e também escreveu um livro e agora vem a terceira geração, que são os seus filhos, também para visitar o Brasil. Pergunta: Os senhores conversaram alguma questão política? Alckmin: Vieram também alguns empresários e estudou-se a possibilidade de haver uma parceria maior na área empresarial. O Dr. Rui Altenfelder, secretário da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, também participou e ficou de manter contato com o empresariado e consulado da Eslováquia e também com as universidades para aproximações. Mas foi mais uma conversa no campo da diplomacia, não especificamente sobre este ou aquele assunto. Pergunta: Já existe algum tipo de conversa entre os dois países? Alckmin: Existe, é pequena, mas existe. A balança comercial do Brasil é negativa, ou seja, ele importa mais da Eslováquia do que exporta, mas as trocas comerciais são pequenas. Pergunta: Que tipo de produto o Brasil importa? Alckmin: Importa área química, setor químico, exporta automóvel, exporta couro... mas são pequenas as trocas, não são relevantes. Pergunta: Na área química, especificamente... Alckmin: Não são produtos acabados, são elementos e substâncias químicas. Precatórios Pergunta: O senhor já tem marcado encontro com o presidente do STF? Alckmin: Não, eu não recebi nenhum convite. Pergunta: O senhor pretende falar com ele? Alckmin: São Paulo talvez seja o Governo que mais tem pago precatórios. Por exemplo, na gestão do Governo Quércia, o Governo de São Paulo pagou em torno de R$ 180 milhões, R$ 190 milhões. Na gestão do Governo Fleury, o Governo pagou em torno de R$ 750 milhões. No primeiro mandato do governador Mário Covas, foi pago R$ 1,5 bilhão de precatórios. E neste ano, em um ano nós deveremos pagar R$ 700 milhões. Pergunta: Apesar desse esforço do Governo, há ameaça de sequestro de verbas. Alckmin: O que existe é que os valores dos precatórios são muito altos, mas nós estamos atualizando. Agora mesmo, no dia 31 de maio, nós pagamos R$ 59,8 milhões de precatórios alimentares. São várias autarquias, fundações, DER, Hospital das Clínicas... que estavam parados desde 1989, 1990. Nós pagamos aí seis, sete anos, em um dia só. Nós estamos pagando... Mas há precatórios absurdamente altos ligados à questão ambiental, no caso da Mata Atlântica, Serra do Mar. Muitos desses precatórios já transitaram em julgado, então, a rigor você deveria pagar, na ordem cronológica, mas nós estamos ganhando na Justiça, pedindo uma redução, pois são valores absurdamente altos. Mas São Paulo tem feito um grande esforço no sentido de pagar os precatórios, tanto é que São Paulo é um dos poucos Estados brasileiros que é favor da Emenda 30 que diz o seguinte: os precatórios não alimentares, você pode pagar em dez anos, mas tem de pagar. Você paga 1/10 por ano, mas tem de pagar. Se você não pagar, as pessoas podem pagar os impostos com aquele valor, ou seqüestrar os recursos do Tesouro. São Paulo é a favor porque vai pagar. Pergunta: (inaudível) Alckmin: Mas aí é questão trabalhista e deve ser de empresa ou autarquia, que é coisa diferente. Por que São Paulo é favorável à Emenda 30? Porque não tem problema, se não pagar tem seqüestro, pode pagar imposto com precatório, mas nós vamos pagar. Nós vamos pagar esses 1/10 rigorosamente, além de pagar os alimentares e mais: eu estou mandando uma Lei até o final do mês para a Assembléia Legislativa pedindo autorização para pagar rapidamente os precatórios de pequeno valor, não alimentar, mas de pequeno valor. Estamos estudando o valor, certamente R$ 7.200,00. Então, a Assembléia aprovando a Lei, nós vamos pagar grande parte desses precatórios não alimentares de pequeno valor.
  • Leia também a segunda e a
    07/11/2001


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